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A VERDADE SOBRE JAIR, O BOLSONARO

 

(cr-26.011)

 
 

 

 
 

 

 
 

     
     
     
 

O presidente Jair Bolsonaro tem nesta terça-feira, 19 de abril, um dia para esquecer: hoje faz 34 anos que ele recebeu do Conselho de Justificação Militar (CJM) um “pede pra sair” por ter planejado um atentado terrorista.

Os alvos das explosões de bombas de baixa potência, orquestradas pelo então capitão Messias Bolsonaro, eram quartéis do Exército no Rio de Janeiro, na Vila Militar, na Academia de Agulhas Negras, e até na adutora de água Guandu, que abastece a cidade do Rio.

Leia mais: Exército, que já chamou Bolsonaro de corno e terrorista, hoje se curva ao seu “dono”

Em setembro de 1986, Bolsonaro assinou um artigo na Veja afirmando que a tropa vivia numa “situação crítica no que se refere a vencimentos” e que a causa da evasão de mais de oitenta cadetes da Academia Militar eram os baixos salários.

O assunto torna-se mais grave quando é mencionada outra matéria, também da Revista Veja, mas em 1987, dessa vez assinada pela repórter Cassia Maria, que ouviu dele uma operação chamada “Beco Sem Saída”.

Nesta, ele havia planejado explodir bombas no quartel. E não só mentiu sobre não ter conversado com a jornalista, como também foi acusado de ameaçar Cassia antes do depoimento.

Acusado de orquestrar ataque terrorista e vazar informações internas à revista Veja, Bolsonaro foi absolvido em segunda instância, mas convidado a se “aposentar” das Forças Armadas.

Além de Jair Bolsonaro, a operação teria autoria de outro militar, Fábio Passos. O objetivo seria mostrar o descontentamento de militares quanto ao índice de reajuste salarial prestes a ser anunciado pelo ministro do Exército.

Os três coronéis que investigaram o caso consideraram que:

“O Justificante Bolsonaro mentiu durante todo o processo, quando negou a autoria dos esboços publicados na revista VEJA, como comprovam os laudos periciais (…) e revelou comportamento aético e incompatível com o pundonor militar e o decoro da classe, ao passar à imprensa informações sobre sua instituição”.

O capitão negou tudo, mas uma perícia da Polícia Federal foi inequívoca ao concluir que as anotações nos esboços eram mesmo dele. Investigações posteriores não foram a frente: tudo foi interrompido depois dele ser eleito deputado estadual em 1989.

Jair, portanto, está no mundo da política há mais de 30 anos. E após mandatos reacionários como deputado federal (período que passou de admirador de Lula e Hugo Chávez, dizendo que comunismo era coisa do passado), seguiu com seu discurso de extremos e foi escalando em popularidade, até se tornar presidente da República.

Hoje, gosta de lembrar o fato de ser “chefe das Forças Armadas”, a mesma que anos atrás o humilhava por julgar como ele era (e é). Em troca, além de vários ministérios e de exaltação da ditadura, o governo Bolsonaro também agracia os militares com Viagra, próteses penianas e lubrificante.

Corno e muambeiro

Mentiroso, corno, muambeiro e contrabandista. Além de “eleitor de Collor”. Estas foram as impressões de um relatório secreto, do Ministério do Exército, datado de 27 de julho de 1990, sobre o hoje presidente Jair Bolsonaro.

O documento inicia com uma linha do tempo, relatando a punição que o capitão Bolsonaro recebera em 1986, depois de ter assinado um artigo na revista Veja em que ele pedia aumento de salário.

 

A matéria completa, sobre a operação ‘Beco sem Saída’, pode ser conferida abaixo de "próprio punho"


Recordar é viver

“Virar Venezuela” é a ofensa de hoje, mas antes Bolsonaro idolatrava Hugo Chávez

“Não tem nada mais próximo do comunismo do que é o meio militar. Nem sei quem é comunista hoje em dia”

O papel do historiador é importante, pois este é um dos que identifica padrões em registros passados e, com esperança, como sociedade podemos fazer de tudo para não errar novamente.

Mas uma curta entrevista de Jair Bolsonaro, em 1999, abre porta para tantas interpretações, tamanho o absurdo de seu conteúdo se comparado com o que vemos hoje, que seria difícil tentar convencer quem ainda não enxerga o óbvio: o Brasil está se tornando tudo aquilo o que o atual governo insiste em evitar.

 

Segundo mostra o acervo do Estadão (portanto, claro, não é montagem nem fake news), palavras do atual presidente, que não se perderam ao vento, mostram que então deputado Jair Bolsonaro via em Hugo Chávez uma grande semelhança aos militares do Brasil, de 1964. E que não via problemas no apoio de comunistas:

“Ele não é anti-comunista e eu também não sou. Na verdade, não tem nada mais próximo do comunismo do que é o meio militar. Nem sei quem é comunista hoje em dia”. Jair Bolsonaro.

Isso porque, ao lado de Aldo Rebelo, que na mesma matéria aprovava uma aproximação com a Venezuela, Bolsonaro dizia gostar da filosofia de Chávez. E que este seria uma esperança para a América Latina. Queria até mesmo passar uma semana ao lado do el presidente. Bolsonaro era Chavista de carteirinha.

Alguns anos depois, dados científicos são ignorados, vide a demissão do diretor do Inpe, e uma grande perseguição a jornalistas (muitos demitidos de seus locais de trabalho por serem contrários ao governo) e a sugestão medíocre de chamar de ‘esquerdopata do PSOL‘ ou de ‘Venezuela’, mostram o quão Bolsonaro mudou, até demais. E não sabe do que está falando

 

Isso não se trata de fake news, mas a verdade nua e crua do passado fraudulento e criminoso que consta inclusive no arquivo que está no SIAN (Sistema de Informação do Arquivo Nacional). O PDF do Gabinete Civil, de 27 de julho de 1990, pode ser lido aqui.

 

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