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Título   Acorrentada Gênero Espírita
 
     
     
     
     
 

 

Título original: Acorrentada

Romance / Espírita

edição

 

Copyright© 2019 por Paulo Fuentes®

Todos os direitos reservados

 

Este livro é uma obra de ficção.

Os personagens e os diálogos foram criados a partir da imaginação do autor.

 

Autor: Paulo Fuentes

Preparo de originais: Paulo Fuentes

Revisão: Sônia Regina Sampaio

Projeto gráfico e diagramação:

Capa: Paulo Fuentes

 

Todos os direitos reservados no Brasil:

Paulo Fuentes e El Baron Editoração Gráfica Ltda.

Impressão e acabamento:

 

 Apoio Cultural:

 
  Lançamento de livros e/ou filmes possuem custos e o autor busca PATROCINADORES para lançar suas obras tanto para edição em formato de livros de papel ou quem sabe, para a realização de filme (s)... Caso haja interesse em relação à isso favor entrar em contato. Grato.
 

 

 

Esta é uma obra de ficção romanceada...
Qualquer semelhança com fatos presente, passado, futuro ou outras obras...
Pode ser mera coincidência.
(nota do autor)

 

São Paulo, agosto de 2011.

  

Mariana acordou de repente assustada. Tivera um sonho horrível. Seu corpo todo estava banhado de suor. Tinha medo, pois sempre que tinha algum tipo de sonho eles acabavam ocorrendo e aquele não era um sonho normal. Mariana sonhara que tinha sido vítima de uma grande armação e que acabara pagando caro por confiar nas pessoas.

 

Não conseguira identificar quem eram os seus agressores e não tinha, portanto como se precaver, mas sabia que corria um grave perigo e eminente risco de vida, mas como se prevenir de algo que não sabia de onde viria?

 

Estava tensa. O corpo todo dolorido. Foi para a toalete e abriu o registro de água para encher a banheira. Precisava de um banho para relaxar. Algum tempo dentro da água a faria melhor, pensou.

 

Ficou quase duas horas enterrada de corpo e alma dentro da água, mas o sonho não lhe saía da cabeça. Era uma coisa preocupante. O sonho fora aterrador. Ela estava sendo mantida aprisionada. Trancada. Presa. Acorrentada dentro de um lugar que não sabia onde era. Se fosse apenas um sonho tudo passaria, mas Mariana sabia que seus sonhos nunca falhavam e ela iria passar por aquilo se não tomasse todas as cautelas e preocupações.

 

Finalmente saiu da água e seu corpo estava todo enrugado, mas isso não lhe importou. Enxugou-se e depois se trocou. Não tinha fome e saiu para trabalhar. Estava tensa na hora que deu a partida em seu automóvel, mas mesmo assim tinha responsabilidades e muitas crianças para anteder.

 

Transpôs algumas ruas e avenidas e logo chegava na clínica em que atendia dezenas de bebês e crianças até doze anos. Mariana era pediatra, morava só e acabara de completar vinte e oito anos. Trabalhava muito e não se dava ao prazer de ter alguém na sua vida, pois não queria apenas ficar por ficar.

 

Nascera no interior das Minas Gerais e se mudara para São Paulo a pouco mais de cinco anos apesar de sua responsabilidade profissional sentia-se só, pois seus pais a pouco mais de um ano e meio faleceram em um acidente onde uma carreta acertara em cheio o veículo onde eles estavam na MG-415.

 

Ninguém jamais pode identificar o motorista da carreta, pois o acidente fora de madrugada e o veículo onde eles estavam só foi localizado três dias depois da tragédia por um pescador, pois com o impacto fora projetado em direção a um barranco e acabou caindo dentro de um dos braços do rio São Francisco. Mariana foi para lá a fim de identificar o corpo e ficou horrorizada por ver seus amados pais com a aparência putrificada e aquilo não lhe saía da cabeça.

 

Não tinha, portanto, mais ninguém na vida que merecia ter a sua atenção, pois seus tios também já haviam partido e seus primos eram esnobes e jamais lhe deram atenção. Sentia como se o mundo para ela fosse apenas o de trabalhar e cuidar das crianças que chamava de seus bebês. Pensando nestas coisas e no sonho finalmente chegou ao seu local de trabalho e lá já se encontrou com seu primeiro cliente.

 

Atendeu-o e outras crianças mais e amava fazer isso, pois era a única coisa que lhe satisfazia em seu dia a dia e por volta das quinze horas atendeu a uma menina de dez anos que ainda não conhecia e que fora um encaixe em sua agenda.

 

Mãe e filha entraram e a menina ficou olhando-a fixamente e acabou constrangendo-a com isso, porém sendo repreendida pela mãe a mesma olhou para o teto e parecia que nem estava mais ali.

 

- O que você está sentindo Agnes?

- Nada!

- Como nada?

- Doutora! Ela estava reclamando de dor de cabeça e disse que tinha que vir te ver. Disse a mãe de Agnes.

- Vir me ver?

- Sim doutora! Pedi para que minha mãe me trouxesse aqui porque tinha que lhe avisar de uma coisa muito séria e isso estava me dando dor de cabeça. Disse Agnes.

- Não entendi. Falou Mariana curiosa.

- Sabe! Eu vi a senhora presa e pendurada no teto de uma velha casa.

- Ah era por isso que quis me ver?

- Era! Só queria te avisar para tomar cuidado porque isso foi causado por uma pessoa muito próxima sua e que te odeia.

- Não conheço ninguém que me odeie ao ponto de fazer isso. Respondeu Mariana.

- Mamãe! Minha dor de cabeça passou. Podemos ir embora. Disse Agnes se levantando e indo para a porta a fim de ir embora.

 

A mãe de Agnes deixou o valor da consulta sobre a mesa e nem deu tempo para que Mariana recusasse o pagamento e ambas já tinham saído e ido embora. Mariana ficou ali pensando no que aquela menina lhe dissera. Estava ainda surpresa e incrédula e tentava em sua mente descobrir quem poderia lhe desejar mal, pois não tinha inimizade com ninguém e era isso que lhe deixava mais preocupada, porque, aquela criança lhe dissera algo que ela sabia que estava por vir e pior, fora ali, na sua clínica apenas para alertá-la.