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Título   Amargo Pesadelo Gênero Espírita
 
     
     
     
     
 

 

Título original: Amargo pesadelo

Romance / Espírita

edição

 

Copyright© 2024 por Paulo Fuentes®

Todos os direitos reservados

 

Este livro é uma obra de ficção.

Os personagens e os diálogos foram criados a partir da imaginação do autor.

 

Autor: Paulo Fuentes

Preparo de originais: Paulo Fuentes

Revisão: Sônia Regina Sampaio

Projeto gráfico e diagramação:

Capa: Paulo Fuentes

 

Todos os direitos reservados no Brasil:

Paulo Fuentes e El Baron Editoração Gráfica Ltda.

Impressão e acabamento:

 

 Apoio Cultural:

 
  Lançamento de livros e/ou filmes possuem custos e o autor busca PATROCINADORES para lançar suas obras tanto para edição em formato de livros de papel ou quem sabe, para a realização de filme (s)... Caso haja interesse em relação à isso favor entrar em contato. Grato.
 

 

 

Esta é uma obra de ficção romanceada...
Qualquer semelhança com fatos presente, passado ou futuro...
Pode ser mera coincidência.
(nota do autor)

 

 

- Eu quero destruir a vida desta maldita que me abandonou!

- Você tem certeza de que quer pedir isso para os meus guias?

- Tenho! Quero que ela sofra pesadelos a todo momento até que não suportando mais ela se mate.

- Sabe que os guias poderão fazer isso, mas estaria disposto a pagar o preço?

- Qual é o preço, a minha alma?

- Não sei! Isso não depende de mim e sim do desejo deles. Eles atenderão o seu e depois decidirão o preço a ser cobrado de você. Quer mesmo pagar por isso?

- Quero! Ela não poderia ter me abandonado.

- E porque ela te abandonou?

- Porque ela nunca me amou e me fez acreditar que eu tinha uma chance com ela.

- E o relacionamento de vocês dois durou quanto tempo?

- Não durou!

- Como não durou?

- Não durando.

- Não tiveram algo e por fim ela deu um basta em tudo?

- Não! Na verdade, acho que ela nem sabe que eu a amo perdidamente.

- Vocês nunca chegaram a sair e trocaram beijos?

- Não! Só na minha imaginação e na imaginação fizemos muito mais que simples beijos.

- Você tem certeza do que está querendo que os guias façam sem que ao menos ela saiba porque estará vivendo no meio do inferno?

- Tenho certeza! Ou ela será minha ou de mais ninguém.

- Porque antes de pedir algo para os guias você não fala com ela e mostre os seus sentimentos para ela?

- Porque sei que ela ama outra pessoa e quero que ela sofra e com isso ele sofrerá também se aguentar a loucura que quero que ela tenha.

- Como chegou até aqui em mim?

- Foi indicação de um amigo meu.

- Sabe bem então que só trabalho com espíritos sem luz, os da escuridão então?

- Sei! Ele me disse.

- Eu cobro para fazer meus trabalhos, mas antes de incorporar eu sempre quero saber o que desejam e se puder fazer as pessoas mudarem de ideia eu tentarei fazer, afinal, depois não quero que me procurem desesperados porque nada poderei fazer.

- É! Ele me disse isso mesmo, que é um intermediário meio que do bem, mas que garantia o trabalho, pois seus guias eram poderosos, mas depois de amarrado nada podia ser desfeito.

- E mesmo assim quer mesmo levar isso adiante?

- Quero! Eu quero ver Dinorah sofrer as amarguras das profundezas pelo desprezo que ela me dá e como me trata.

 

Vendo que de nada adiantaria tentar fazer Cícero mudar de ideia daquele desejo destrutivo que ele tinha resolveu atende-lo, afinal cobrava e muito bem para fazer aquele tipo de trabalho e tentava de certa forma estar de bem com as forças da paz tentado dissuadir os que não se preocupavam com a cobrança de seus guias que nem ele desejava saber quais eram. Assim era Juarez, um como chamavam, intermediário da divisão das forças do bem e do mal, se bem que a anos parara de trabalhar com linhas do bem.

  

- Então, como está decidido levar está sua intenção adiante vou precisar que fale com eles e depois que falar vamos acertar o meu pagamento que terá prazo de cinco dias para pagar, arrumar o que eles lhe pedirem e aí sim estará apto e pronto para fechar o pacto com ele. É isso mesmo que quer?

- É!

- Sabe que cobro bem caro, não sabe?

- Sei! Meu amigo me disse que o valor é alto, mas que sempre se compre o que foi pactuado com seus guias.

- Ele também lhe disse que depois de feito o pacto com eles de nada adianta me procurar para tentar desfazer o que foi combinado e nem reclamar das consequências quando lhe for cobrado o pagamento deles?

- Disse sim! Estou ciente de tudo.

- E mesmo isso custando caro, muito caro, ainda está disposto a levar isso adiante?

- Sim! Estou.

- Então que seja feita a sua vontade, vamos para o quarto de atendimento para conversar com eles.

- Vamos! Disse Cícero se levantando e acompanhando Juarez.

 

Saíram da sala de atendimento que ficava em uma sala anexa a uma bela recepção onde havia uma jovem para os atendimentos agendados e entraram em um quarto iluminado fracamente por luzes vermelhas em uma parede que aparentava ser marrom escuro ou negra e que continha apenas dois banquinhos para que se sentassem. Um para o guia e o outro para o cliente.

 

- Sente-se aqui! Pediu Juarez.

 

Afastou-se um pouco e foi até uma parede inversa a entrada da porta por onde acessaram ali. Voltou em seguida com algumas guias no pescoço e parou diante de Cícero sem nada dizer. De repente este sentiu um calafrio do tipo que parecia querer congelar seu corpo ou sua alma e ainda sem dizer nada o agora incorporado Juarez se sentou de cabeça baixa e de repente levantou-a e o olhou nos olhos fazendo ele congelar mais ainda.

  

- Você quer um trabalho meu? Disse o ser incorporado com voz cavernosa.

- Quero! Respondeu Cícero com a voz tremula.

- E vai pagar o preço por isso, estou certo?

- Está!

- Qual é o nome da pessoa?

- O nome dela é Dinorah Ferreira Maia.

- Quer que ela sofra muito?

- Muito!

- Quer que ela tenha pesadelos do tipo que a enlouquecerá e desejar a morte.

- Isso mesmo!

- Tem papel ai do lado. Pegue e anote tudo que vou precisar.

 

Juarez olhou de lado e mesmo a sala estando um tanto escurecida viu que havia ali um bloquinho e uma caneta. Pegou-a e foi escrevendo até que o guia parou de dizer o que precisava.

 

- Anotou tudo?

- Anotei!

- Terá cinco dias para desistir e se não quiser levar isso em frente tudo bem, mas no sexto dia, se desistir e não tiver avisado que não quer mais será você quem sofrerá os pesadelos que queria para esta pessoa. Entendeu?

- Entendi!

- Também terá que acertar com ele o valor que ele cobra que não tem nada a ver com os guias. Está entendendo?

- Estou!

 

Cícero respondeu e por poucos segundos o quarto ficou em silencio até que Juarez voltou do outro lado da obscuridade e Cícero pode ver que seus olhos voltaram ao normal e não eram mais aqueles que reluziam um vermelho fogo.

 

- Ele te passou tudo?

- Sim!

- Anotou?

- Sim!

- Prestou atenção em tudo que ele lhe disse?

- Sim!

- Concordou com o que ele falou?

- Sim!

- Então vamos sair daqui deste quarto.

 

Saíram e voltando para o local onde Juarez atendia antes de entrar naquele aposento onde recebera o guia ele lhe passou o valor.

 

- Tudo isso?

- Sim! Respondeu Juarez.

- É um valor alto, não acha?

- Pode desistir agora mesmo e fica o dito pelo não dito.

- Mas são cinquenta mil.

- São!

- Não tenho isso em mãos no momento.

- Ótimo! Assim não fico com dor na consciência depois de prejudicar a moça.

- Não! Eu quero fazer. Amanhã mesmo venho lhe pagar e agendar para eu trazer a cabra negra como a noite e as outras coisas.

- Tem cinco dias a contar de hoje. Depois tem duas alternativas. Ou vem aqui e desmarca tudo ou acabará pagando pelo que pediu para que fizessem com a moça.

- Não farei isso de desistir, porque quero que seja feito o trabalho.

- Você quem sabe! O pedido e a consciência são apenas seus, mas lembre-se, tem cinco dias a contar de agora para desistir ou acertar tudo. Estou sendo claro?

- Está! Amanhã mesmo trarei o seu dinheiro.

- Estarei esperando então! Boa noite.

- Boa noite!

 

Se despediram e Cícero saiu da sala onde Juarez atendia saindo na recepção e viu ali um homem que estava sendo seguro por outros dois e ficou olhando enquanto passava por eles e ao chegar na porta viu eu Juarez os levara para dentro.

 

- Posso fazer uma pergunta?

- Pode! Respondeu a jovem.

- Posso saber quem era aquele homem?

- O Jorge?

- Não sei se é Jorge, mas falo daquele que estava sendo seguro por outros dois.

- Ah é ele mesmo. O que quer saber?

- Porque ele estava sendo seguro fortemente por aqueles dois homens?

- Que dois homens?

- Aqueles que o mantinham fortemente seguro.

- Não vi nenhum destes dois homens, mas ele, o Jorge, está aqui porque quer que o mestre Juarez desfaça o mal que ele pediu para fazer com outra pessoa.

- Não tinha dois homens com ele o segurando?

- Não que eu visse, mas geralmente eu não vejo estas coisas, pois nunca pedi nada par que o mestre fizesse, mas quem o faz está sujeito a ver o preço que não foi pago.

- Ah tá! Obrigado. Disse Cícero tremendo e saindo.

 

Acabará de ter uma amostra do que talvez pudesse lhe acontecer e jamais faria algo para não cumprir o pacto e foi embora tremendo, mas de uma coisa tinha certeza, mesmo achando que pudesse ser armação aquele homem, os olhos dele quando incorporou não eram deste mundo. Entrou no carro, deu a partida e foi dar um jeito de arrumar o que lhe fora pedido, mas uma coisa tinha em mente, sairia caro aquilo, mas Dinorah jamais seria feliz e queria ter o gosto de vê-la descontrolada ao ponto de querer se matar.

 

 

 

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