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Título   A sombra na escuridão Gênero Espírita
 
     
     
     
     
     
 

 

Título original: A sombra na escuridão

Romance / Espírita

edição

 

Copyright© 2024 por Paulo Fuentes®

Todos os direitos reservados

 

Este livro é uma obra de ficção.

Os personagens e os diálogos foram criados a partir da imaginação do autor.

 

Autor: Paulo Fuentes

Preparo de originais: Paulo Fuentes

Revisão: Sônia Regina Sampaio

Projeto gráfico e diagramação:

Capa: Paulo Fuentes

 

Todos os direitos reservados no Brasil:

Paulo Fuentes e El Baron Editoração Gráfica Ltda.

Impressão e acabamento:

 

 Apoio Cultural:

 
  Lançamento de livros e/ou filmes possuem custos e o autor busca PATROCINADORES para lançar suas obras tanto para edição em formato de livros de papel ou quem sabe, para a realização de filme (s)... Caso haja interesse em relação à isso favor entrar em contato. Grato.
 

 

 

Esta é uma obra de ficção romanceada...
Qualquer semelhança com fatos presente, passado ou futuro...
Pode ser mera coincidência.
(nota do autor)

 

Jacareí, 11 de agosto de 2023.
5:57 AM.

 

Como fazia todos os dias Luciana acordava cedo para colocar a casa em ordem, tomava um leve café, tomava banho, se trocava e se arrumava. Verificava se estava bem e depois via se estava tudo trancado em seu pequeno, mas confortável apartamento, saía e trancava a porta de entrada e descia. O ônibus da multinacional em que trabalhava na cidade vizinha de São José dos Campos na função de secretária executiva da presidência já a quase seis anos.

 

Luciana era jovem ainda apesar do cargo que ocupava. Estava com apenas vinte e sete anos de idade, era solteira, nunca se envolvera sentimentalmente com ninguém e fugia de propostas idiotas ou indecorosas.

 

Não estava se sentindo bem desde a tarde anterior. Era o tipo de um la estar que viera do nada e achara que fosse algo de sua alimentação, mas lembrou-se de que o que comera era coisa leve e que não lhe causaria mal algum, mas tomaria algum remédio e deveria se sentir melhor. Desceu e antes de sair do prédio cruzou com a síndica que a achou pálida, mas desconversou e saiu porque vira o ônibus cruzando a avenida e logo pararia ali diante do prédio para que ela embarcasse. O motorista encostou e ela entrou.

 

- Bom dia senhorita quase presidente.

- Bom dia Josué! Tudo bem com você?

- Eu estou sim, mas a senhorita está meio pálida. Está se sentindo mal.

- Não! Deve ser algo que comi ontem, mas ficarei bem.

- Tem certeza que ficará bem?

- Absoluta! Fique tranquilo e obrigada pela preocupação. Disse e se sentando na primeira poltrona logo na entrada.

 

Josué saiu e pegou ainda mais alguns passageiros e trinta e sete minutos depois entrava pelo portão da empresa.

 

Luciana olhou para aquela entrada e depois para a imponente construção daquela que era uma das gigantes do ramo não só no Brasil como era todo o conglomerado no mundo e agradeceu a Deus por ter conseguido aquele emprego tão cobiçado.

 

Lembrou-se com orgulho que já estava trabalhando ali já a quase nove anos. Entrara mal havia feito dezoito e fora levada por uma grande amiga que trabalhava como supervisora de recursos humanos e sabendo que aquela ainda menina procurava de todas as formas arrumar seu primeiro emprego, mas infelizmente nada encontrada porque as propostas eram sempre de aceitaram-lhe desde que ela fizesse o famoso teste do sofá e recordou que conhecera Silvana em um supermercado na sua cidade onde ela sairá de dentro do corredor do escritório administrativo criticando o entrevistador.

 

Por sua cabeça passou que Silvana perguntou para ela o que estava acontecendo e ela disse ainda brava pelo que ele queria que ela passasse e acabou acompanhando-a até a delegacia denunciando o elemento que tentara abusar dela para lhe arrumar uma vaga.

 

- O que você faz profissionalmente?

- Nada! Nunca trabalhei e busco uma oportunidade de emprego, mas emprego decente.

- Não sabe fazer nada?

- Fazer eu sei. Ajudava meu tio na lojinha dele e lá eu fazia de tudo.

- Lojinha onde?

- Aqui em Jacareí mesmo, no bairro da vila Denise, ao lado do shopping.

- E porque não continua lá?

- Meu tio faleceu e minha tia está vendendo o local e vai voltar para Alterosa e vou ter que ir com ela.

- Você também é de lá?

- Sou sim!

- E os seus pais?

- Morreram e acabei indo morar com meus tios.

- Nossa! Sinto muito. Faz muito tempo isso?

- Meu pai morreu a treze anos atrás e minha mãe seis anos depois dele. Já meu tio nos deixou seis anos depois da minha mãe.

- Posso saber do que eles morreram? Teria sido algum acidente ou doença?

- Não sei! Meu pai antes de morrer dizia que via o tipo de uma sombra que aparecia na escuridão como se o chamasse, minha tia que conta isso, pois foi da mesma forma que minha mãe dizia ver e meu tio comentou comigo a mesma coisa antes de morrer.

- Nossa! Que horror.

- Muita coincidência né? Perguntou Luciana.

- Diria que é muita fatalidade antes da coincidência, mas você não quer voltar para Alterosa porquê?

- Conhece lá?

- Conhecer de ter ido lá não, mas conheço de nome. Fica perto de Alfenas, não é?

- É! Bem pertinho. Menos de cinquenta quilômetros de distância.

- Eu tenho uma prima que mora lá em Alfenas. Disse Silvana.

- Lá é bem maior que Alterosa, mas nem se compara com aqui e menos ainda que em São José.

- Gosta de cidade grande?

- Adoro e meu sonho seria morar na capital, em São Paulo.

- Hum! Mania de grandeza heim.

- Sonho não custa nada né? Respondeu Luciana sorrindo.

- E como irá fazer agora se a sua tia for embora mesmo?

- Bem! Se eu arrumasse um emprego aqui eu forçaria para que ela não quisesse mais se mudar. Ela venderia a lojinha e continuaríamos por aqui mesmo.

- E se eu te ajudar a arrumar um emprego, acha que ficaria por aqui?

- Nossa! Ficaria mesmo, mas porque me ajudaria se nem me conhece?

- Digamos que em meu trabalho eu aprendi a conhecer as pessoas só de conversar com ela e acredito que lá na empresa, se quisesse eu te levaria e te garanto que ninguém seria maluco de tentar fazer algo com você.

- Está falando sério?

- Estou sim. O que me diz, quer tentar?

- Só se for agora. Respondeu Luciana com os olhos brilhando.

- Vamos fazer o seguinte. Amanhã de manhã vou te levar comigo até lá na empresa e lá te apresentarei já deixando claro que é minha protegida e veremos o que sabe fazer mesmo.

- Não está brincando comigo né?

- Não, só que a empresa fica em São José dos Campos, pode ser?

- Nossa! Pode, só pode, mas como eu iria até lá?

- Ônibus! A empresa tem ônibus que pega o pessoal daqui e das cidades em volta de São José.

- Onde pego ele?

- Mora perto do shopping?

- Moro!

- Tem um ponto bem na frente da entrada dele, mas estarei lá para te pegar. Ele passará lá às sete e trinta da manhã. Tudo bem para você?

- Estarei lá as seis da manhã esperando.

- Não exagera, mas contarei com você. Fechado?

- Fechadíssimo. Respondeu Luciana sorrindo feito uma criança que ganhara um presente.