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Título   A vaquinha voadora Gênero

Infantil

 
     
     
   
     
     
 

 

Título original: A vaquinha voadora

Infantil

edição

 

Copyright© 2019 por Paulo Fuentes®

Todos os direitos reservados

 

Este livro é uma obra de ficção e os personagens e os diálogos foram criados a partir da imaginação do autor.

 

Qualquer semelhança com acontecimentos ou pessoas vivas ou mortas, fatos e atos poderão não ser mera coincidência.

 

Autor: Paulo Fuentes

Preparo de originais: Paulo Fuentes

Revisão: João Alberto de Oliveira

Projeto gráfico e diagramação:

Capa: Paulo Fuentes

Todos os direitos reservados no Brasil:

Paulo Fuentes e El Baron Editoração Gráfica Ltda.

 

Impressão e acabamento:

 

 Apoio Cultural:

 
  Lançamento de livros e/ou filmes possuem custos e o autor busca PATROCINADORES para lançar suas obras tanto para edição em formato de livros de papel ou quem sabe, para a realização de filme (s)... Caso haja interesse em relação à isso favor entrar em contato. Grato.
 

 

 

Esta é uma obra de ficção romanceada...
Qualquer semelhança com fatos presente, passado ou futuro...
Pode ser mera coincidência.
(nota do autor)

 

Era uma vez...

 

 

Em uma pequena fazenda, localizada próxima a uma floresta que diziam ser encantada nascera um pequeno bezerrinho.

 

Os donos da pequena fazenda ficaram felizes pois nascera uma pequena vaquinha.

 

- Marido que nome vamos dar para ela?

- Não sei. Que nome você quer colocar na vaquinha princesinha do papai? Perguntou para sua filha Lúcia.

- Mumu papai.

- Então o nome da vaquinha será Mumu.

  

Mumu era uma linda bezerrinha malhada e foi crescendo rápido. Ficava mais tempo perto da casa da fazenda do que com o restante do pequeno rebanho que o papai de Lúcia possuía em suas terras. Mumu era o encanto de Lúcia que brincava com ela quase que o dia todo.

 

Quem olhasse para ela diria que Mumu mais se parecia com um cachorro de estimação do que com uma pequena vaca de tanto que ela obedecia a pequena Lúcia.

 

Porém, certo dia, os pais de Lúcia foram até a cidade e não puderam levar Mumu junto e está se sentindo triste caminhou até o riacho e parou diante da entrada da floresta. As outras vaquinhas diziam que não era para entrar naquele lugar porque era um lugar encantado, mas a pequena Mumu, como ainda era nova e não sabia nem o que era isso resolveu entrar e a partir dali tudo começou a mudar.

 

Mumu era ainda muito jovem e por isso não tinha medo de nada, mas ao entrar na floresta percebeu que era tudo diferente de onde morava. Ali haviam muitas árvores e olhando de lado viu que havia muita água caindo do alto no meio daquele mato fechado.

 

Sorriu, afinal para ela tudo era novo e maravilhoso. Continuou caminhando e via outros bichinhos por onde passava e todos a olhavam com curiosidade, mas nenhum deles mexeu com ela e mesmo querendo parar para conversar queria desbravar aquele mundo novo.

 

Seguindo adiante viu que haviam muitas flores e no galho de uma árvore haviam dois passarinhos que cantarolavam uma melodia que ela não conhecia, mas elas cantavam com tanta alegria que Mumu cantarolou junto um pedaço que se lembrava. Continuou caminhando sempre em frente.

 

Lhe deu sede e quando viu um belo riacho resolveu parar para tomar água e ali viu um bichinho estranho que estava pescando. Era um sapo, mas ela não sabia o que ele era e preferia não o incomodar.

 

- Olá! Eu sou Sapisvaldo e você quem é? Perguntou ele.

- Oie! Eu sou a Mumu, mas você fala?

- Porque estranhou que eu falei. Você também não fala?

- Ih! Acho que falo sim, mas nem eu sabia que falava. Disse Mumu surpresa.

- É que aqui é a floresta encantada e todos os nossos desejos são realizados.

- Todos os desejos que tivermos?

- Sim Mumu! Todos. Você tem algum desejo?

- Eu não sei. Acho que tenho, mas não sei o que é.

- Faça um esforço e vamos ver se tem algum desejo secreto.

- Acho que tenho sim. Acho que eu gostaria de poder voar.

- Voar?

- É?

- Pelo que vejo você é uma vaquinha, mas não sabia que vacas voavam.

- E não voam e foi por isso que eu disse que seria um desejo meu. Disse Mumu.

- Ah! Entendi, então quer voar como um passarinho?

- Isso, mas acho que isso seria impossível.

- Nada é impossível aqui nesta floresta desde que tenha vontade e converse com a fala Lili.

- E como que eu poderia falar com a fada Lili?

- Está vendo aquele castelo lá na frente em cima da árvore?

- Onde? Perguntou Mumu.

- Bem lá na frente. Depois daquela curva e atrás daquele morro.

- Como quer que eu enxergue um castelo em cima de uma árvore depois da curva e atrás do morro? Perguntou Mumu fechando cara.

- Você não tem imaginação?

- Claro que tenho, mas concorda que não dá para ver o que você está falando daqui?

- Ah é verdade! Esqueci que você não é daqui e eu disse porque passo sempre lá perto.

- Para que eu veja a fada é só ir em frente?

- Não! Você tem que ir em frente até a curva e depois você dá a volta, passa por cima da ponte, caminha mais um pouco, vai passar pela casa da dona Minhoquilda e depois vai ver o morro aí vai dar volta nele e chegará lá, entendeu?

- É só isso?

- Sim, mas tem que passar pela cada da dona Minhoquilda depois que passar a ponte.

- Bem fácil! Quer ir comigo?

- Não porque agora estou ocupado.

- Está ocupado fazendo o que?

- Estou pescando mosquito.

- Você é doido?

- Não! Porque?

- Porque não se pesca mosquito com anzol.

- Porque não?

- Oras! Mosquitos voam e não voam dentro da água. Disse Mumu sorrindo.

- Esqueceu que eu te disse que aqui é a floresta encantada e que os desejos se realizam?

- É verdade!

- Então vou pescar meus mosquitos e você vai lá ver a fada Lili.

- Ta bom! Ta bom! Já entendi. Então eu vou. Tchau!

 

Mumu saiu dali de onde estava sorrindo. Que sapo mais bobo. Onde já se viu pescar mosquito dentro da água. Só na cabeça dele mesmo. Continuou caminhando e logo avistou a ponte e também o morro.

 

- Só teria que atravessá-la e depois passar pela casa da dona Minhoquilda. Depois teria que dar a volta no morro e aí chegaria ao castelo na árvore e lá encontraria a fada Lili. Bem fácil. Pensou Mumu e cruzou a ponte.

 

Continuou caminhando e quando procurava por uma casa onde moraria a dona Minhoquilda foi que encontrou com ela na estradinha.

 

- Olá! Por caso a senhora seria a dona Minhoquilda?

- Senhor não! Sou a senhorita Minhoquilda.

- Desculpe! É que o Sapisvaldo foi que me disse isso.

- Ele é um bobo que vive pescando mosquito de dentro da água.

- Percebi isso! A casa da senhorita fica aqui por perto?

- Sim! Ali do lado. Está vendo?

- Não!

- Olha direito! Está bem na sua frente.

- Não estou conseguindo ver.

- Você usa óculos?

- Não né! Já viu uma vaca de óculos?

- Na verdade, nunca vi até agora uma vaca. Disse Minhoquilda.

- Ah tá, mas não vejo a sua casa. Me perdoe.

- Onde moram as minhocas?

- Pelo que sei parece que moram debaixo da terra.

- Pois é! Então se não viu a minha casa foi porque olhou para cima da terra e não para um buraco no chão. Disse Minhoquilda sorrindo.

- Sem graça! Falou Mumu também sorrindo.

- Imagino que esteja procurando a casa da fada Lili, estou certa?

- Sim! Está. Onde fica?

- Está pertinho agora. Siga em frente até o fim da estrada e no final entre a direita e passe por trás do morro e depois do morro encontrará a casa dela.

- Seguir até o final da estrada e depois virar à direita?

- Não! Vire à esquerda.

- Direita ou esquerda?

- Tudo bem, mas se a estrada acaba como que faço para chegar lá?

- Apenas faça o que te disse e as coisas acontecerão.

- Então tá! Quer ir comigo?

- Não! Obrigada. Tenho que preparar as coisas para o jantar, mas é só seguir em frente.

 

Mumu se despediu e seguiu em frente. Caminhou muito e achou que nunca chegaria ao final daquela estrada. Parou para descansar um pouco e de repente olhando de lado viu que a estrada terminava de fato logo adiante. Respirou fundo. Caminhou até o final e entrou para o lado esquerdo e ali havia uma pequena passagem. Contornou-a e se surpreendeu, porque agora as árvores eram muito altas e ficou olhando para ver se via a casa da fada Lili no meio delas.

 

Olhou. Procurou com os olhos de um lado. Procurou do outro lado e de repente, lá estava ela. O castelo em cima de uma árvore. Sorriu feliz e apressou os passos para chegar logo. Estava ansiosa demais para ter seu desejo realizado.

 

 

 

 

Aproximou-se admirada com aquela casa castelo bem ali no meio da floresta e sorriu feliz. Tinha conseguido chegar onde queria. Na casa da fada Lili.

 

Não sabia o que fazer nem o que dizer e ficou parada olhando para a escada que levava até a casa em cima da árvore e estava ali pensando quando atrás dela ouviu uma voz.

  

- Olá! Está perdida por aqui?

- Como? Perguntou Mumu se virando.

- Poucos ousam vir até aqui porque dizem que é perigoso.

- Não vi nada perigoso até chegar aqui, quem é você?

- Eu sou Lili e você?

- Você é a fada?

- Dizem que sou bruxa e poucos são os que me chamam de fada, mas se falaram para procurar a fada Lili é porque gostam de mim e devem saber que tem um desejo.

- É isso mesmo! Eu tenho um.

- E qual seria o seu desejo?

- Eu queria poder voar. Disse Mumu encabulada.

- Voar!

- Sim!

- Mas você é uma vaquinha e vacas não voam.

- Eu também achava isso, mas eu também não sabia que sapos falavam e que pescam mosquitos dentro da água.

- Você é observadora e gosto disso, mas quer mesmo voar?

- Quero!

- Para que quer voar?

- Para ver as coisas lá de cima. Respondeu Mumu.

- Posso realizar seu desejo, mas isso tem uma condição.

- Qual condição?

- Você poderá voar sim. Lhe concederei este desejo, mas poderá voar apenas pela floresta encantada e poderá ir apenas uma vez para o outro lado dos limites da floresta, mas só poderá ficar lá por cinco dias. Depois disso se não retornar não poderá mais voar e a entrada da floresta estará fechada para você. Concorda com está condição?

- Sim! Respondeu Mumu.

 

A fada Lili fechou os olhos, disse alguma coisa e Mumu apenas a olhava ansiosa até que a primeira disse...

 

- De um impulso e voe!

 

Mumu tentou e caiu. Tentou de novo e novamente caiu, mas não desistiu e na terceira vez conseguiu sair do chão e começou a voar como um pássaro. Fui subindo e chegou até as nuvens.

 

Mumu estava feliz da vida. Lili tinha realizada seu sonho e ela continuava a subir e descer até que viu um avião e curioso voou até ele.

 

- O que está fazendo aqui?

- Estou voando. Respondeu Mumu.

- Mas vacas não voam.

- É verdade, mas aviões também não tem boca e nem falam.

- Ih! Tem razão.

- Qual é o seu nome? O meu é Mumu.

- Meu nome é Avionildo, mas porque você queria voar?

- Para ver as coisas aqui de cima, mas agora vou descer porque quero ir até a fazenda. Tchau!

 

Mumu foi descendo e logo via a fazenda onde vivia logo abaixo. Sorriu feliz e logo estava lá.

 

Seus amigos todos estavam lá e se assustaram ao ver que era Mumu e que ela estava voando. Desceu de vez. Pousou no chão e conversou com seus amigos, mas disse que tinha que ir embora logo, mas antes de ir queria ver Júlia e se aproximou mais da casa e viu que ela alimentava as galinhas.

 

Júlia ao vê-la se aproximando correu para ela sorrindo feliz.

 

- Onde você estava Mumu? Te procurei por todo lado e não te achei.

- Eu fui até a floresta encantada. Respondeu Mumu.

- Mumu! Você está falando? Perguntou Júlia surpresa.

- Falando e também voando.

- Como voando?

- Olha só! Disse Mumu e saiu voando para mostrar para Júlia.

- Nossa! Que demais. Falou Júlia ainda surpresa.

- Demais mesmo, mas vim aqui só para me despedir, porque se eu quiser voar terei que voltar para a floresta encantada.

- Mas se for embora eu não vou mais te ver. Disse Júlia chorando.

- Eu vou pedir para a fada Lili me deixar vir te ver. Pode deixar.

- E não posso ir lá na floresta encantada te ver?

- Também não sei, mas vou perguntar para a fada Lili e depois te conto. Agora preciso ir, porque senão não vou mais poder vir aqui voando.

 

Nem bem disse isso e Mumu levantou voo, pois sabia que se ficasse mais ali não iria querer mais ir embora e dali, da floresta, com tristeza no coração partiu para a floresta, mas tinha uma certeza, de que logo voltaria para ver Júlia e seus amigos.

 

Fim