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Título   Dona baratinha Gênero

Infantil

 
     
     
   
     
     
 

 

Título original: Dona Baratinha

Infantil

edição

 

Copyright© 2019 por Paulo Fuentes®

Todos os direitos reservados

 

Este livro é uma obra de ficção e os personagens e os diálogos foram criados a partir da imaginação do autor.

 

Qualquer semelhança com acontecimentos ou pessoas vivas ou mortas, fatos e atos poderão não ser mera coincidência.

 

Autor: Paulo Fuentes

Preparo de originais: Paulo Fuentes

Revisão: João Alberto de Oliveira

Projeto gráfico e diagramação:

Capa: Paulo Fuentes

Todos os direitos reservados no Brasil:

Paulo Fuentes e El Baron Editoração Gráfica Ltda.

 

Impressão e acabamento:

 

 Apoio Cultural:

 
  Lançamento de livros e/ou filmes possuem custos e o autor busca PATROCINADORES para lançar suas obras tanto para edição em formato de livros de papel ou quem sabe, para a realização de filme (s)... Caso haja interesse em relação à isso favor entrar em contato. Grato.
 

 

 

Esta é uma obra de ficção romanceada...
Qualquer semelhança com fatos presente, passado ou futuro...
Pode ser mera coincidência.
(nota do autor)

 

 

Mirela era uma menina que a pouco chegara ao mundo. Filha única de um casal já de idade acima da média nem sabia ainda que jamais poderia ter o gostinho de ter outros irmãos dos mesmos pais. Nascera a pouco mais de quatro anos e possuía uma mente muito superior em comparação a muitas pessoas.

 

Mirela possuía apesar da pouca uma mente aberta e como estava crescendo sem a companhia de outras crianças, criara em sua mente as fantasias que qualquer criança criaria. No mundo de Mirela ela conversava com os bichinhos e se divertia até com uma pequena formiga.

 

Seus pais, ambos empresários, trabalhavam direto e ela ficava a maior parte de seu tempo na companhia de uma babá e esta se apavorava com medo de que ela colocasse qualquer porcaria na boca, pois tudo que Mirela via se movendo ela queria brincar.

 

Certo dia, não passada das dez horas da manhã e lá estava Mirela entretida com suas fantasias e os seus reinos encantados, porém aquele seria um dia diferente de todos os outros. Mirela brincava na varanda da casa quando a babá se deparou uma barata.

 

Anastácia era já uma senhora e não tinha medo nem de ladrões e apenas uma coisa o apavorava, uma barata e ao ver aquele minúsculo inseto entrou em desespero. Gritou, berrou, subiu em cima de uma cadeira e Mirela sentadinha ali no chão olhava para ela tentando, com sua cabecinha de criança, entender o que estava acontecendo. Claro que não entendeu nada e olhando para aquela baratinha disse...

 

- O que será que a minha titia tem?

- Ela deve estar com medo de mim. Respondeu a baratinha.

- Medo! O que é medo?

- Medo é quando uma pessoa tem medo de alguma coisa.

- Não entendi nada do que a senhora disse dona baratinha.

- É que você é muito pequena para entender destas coisas, mas eu vou me esconder porque senão ela vai criar coragem e querer me esmagar.

- O que é esmagar?

- Esmagar é, por exemplo, pisar em cima de mim.

- Mas ela é grandona e se fizer isso vai te machucar.

- É exatamente disso que eu tenho o meu medo. Respondeu sorrindo.

- Ah! Agora entendi o que é ter medo, mas eu não tenho medo da senhora dona baratinha.

- É que você ainda é uma criança.

- Mas todos os grandes têm medo de baratas?

- A maioria deles tem é nojo de nós.

- O que é nojo?

- Nojo você ainda irá demorar um pouco para entender, mas eu posso lhe explicar melhor, porém não agora, porque senão a sua titia vai me esmagar. Depois eu volto está bem?

- Está sim. Vou esperar a senhora voltar.

 

A baratinha entrou por um buraco e desapareceu. Mirela ficou olhando onde ela havia entrado e até se esqueceu de que a titia Anastácia estava apavorada, mas Anastácia estava impressionada com Mirela. Já havia visto várias vezes ela conversando sozinha, mas nunca atentara para saber com quem ela falava, mas desta vez teve a sensação e a impressão de que ela conversava com aquela baratinha e pareceu-lhe que a baratinha também falava com ela.

 

- Anastácia. Você deve estar doida. Onde já se viu uma barata falar? Pensou.

 

Desceu da cadeira e foi até Mirela que a olhou com ar de reprovação e lhe perguntou...

 

- Titia! Porque é que você esmaga as baratinhas?

- Como? Perguntou Anastácia.

  

- A dona baratinha é minha amiguinha e ela me disse que você além de ter medo e nojo dela, também iria esmagá-la.

- Ela lhe disse isso?

- Disse sim, mas não precisa ficar preocupada porque ela é boazinha e não vai te morder.

- Não é assim, minha querida. É que baratas são bichinhos sujos.

- Elas não tomam banho?

- Não tomam? Como que você sabe?

- Bem! Anastácia ficou sem saber o que responder.

- Quando ela voltar de novo vou perguntar para ela se ela toma banho.

- Ela vai voltar?

- Vai! Ela é minha amiguinha e está me ensinando muitas coisas.

- E como pode uma baratinha ensinar você nas coisas?

- É que ela é inteligente. Ela deve ser professora lá em Baratópolis.

- Baratópolis? Onde fica isso?

- É a cidade delas.

- Não! Tem mais baratas aqui nesta casa?

- Não titia. Baratópolis fica longe daqui e ela estava apenas passeando na casa da irmã dela que mora na casa da vizinha.

- Mirela! Vamos conversar sério. Você fala com ela e ela te responde?

- Claro que sim. Quando ela voltar vou te chamar e pedir para você perguntar coisas para ela me responder e eu te conto.

- Está bom. Agora vamos tomar banho e depois vou lhe preparar o almoço.

 

Anastácia pegou Mirela no colo e entrou na casa e levou-a para tomar banho. Enquanto fazia isso ficou pensando nas palavras daquela meiga menina. Sabia que ela era muito inteligente, mas daí a conversar com uma baratinha e esta lhe ensinar as coisas já era demais, mas para não contrariar aquela menina que amava resolveu deixar para lá, mas logo, Anastácia teria a maior surpresa de sua vida e tudo graças a uma criancinha.

 

Mirela não se continha de ansiedade e nem bem se enxugou e Anastácia tê-la trocado, ela saiu correndo para se encontrar com a sua amiguinha e desesperada Anastácia correu atrás dela.

 

 

- Dona baratinha! Onde está?

- Mirela! Ela não vai aparecer. Disse Anastácia.

- Claro que vai titia. Ela prometeu e eu acredito nela.

 

Anastácia já ia dizer algo quando de repente saiu com receio pelo buraco da parede a pequena baratinha que ao ver Anastácia ali perto de Mirela voltou correndo para dentro.

 

- Pode vir amiguinha! Já avisei a titia que você é minha amiguinha.

- Tem certeza de que ela não vai me esmagar?

- Tenho sim, mas vou avisar de novo. Titia, esta é a minha amiga baratinha. Ela está com medo de você. Por favor não a mate.

- Tudo bem! Não farei nada. Disse Anastácia sem saber o que dizia.

- Pode sair agora dona baratinha! Ela não vai te machucar.

 

Ainda cismada a baratinha saiu do buraco e cumprimentou Anastácia...

 

- Olá dona Anastácia! Eu sou Baratilda.

- Olá dona Baratilda! Respondeu incrédula Anastácia.

- Qual é o seu nome? Perguntou Baratilda.

- Meu nome é Mirela e a titia nem acreditou que você falava.

- É porque você é uma menina muito especial, senão eu não falaria.

- Viu só titia! Eu te disse que ela falava.

 

Com os olhos arregalados Anastácia estava vendo uma baratinha falar como se isso fosse a coisa mais natural do mundo.

 

- Titia! Você não disse que ir fazer comida?

- Tenho que fazer mesmo.

- Pode deixar ela aqui que eu cuido dela dona Anastácia. Não vou machucá-la.

- Tudo bem! Respondeu Anastácia ainda não acreditando no que via. Saiu.

- Dona Baratilda! Fica longe a sua cidade?

- Para vocês fica perto, mas para mim é um pouco longe.

- Queria conhecer lá. Posso?

- Infelizmente não pode Mirela, porque você é grande e não daria para entrar lá.

- Que pena, mas você conhece minha amiga formiguinha?

- Não, mas se quiser me apresentar eu ficaria feliz.

- Vou chama-la. Espere um pouco.

 

Mirela se levantou e foi até fora da casa e logo voltou com sua amiga formiguinha.

 

- Dona Baratilda! Está é minha amiga Formiguila.

- Olá Formiguila! Eu já te vi por aqui.

- Eu estava ajudando minhas irmãs a carregar alimento para a festa que teremos lá em Formigópolis.

- Festa! Oba! Adoro festas. Disse Mirela.

- Pena que não poderei lhe levar lá, porque é muito grande para entrar em nossa cidade.

- Ah! De novo! Que coisa! Como é duro ser grande. É festa de que?

- É que minha irmã Formilidia irá se casar e a festa será do casamento deles.

- Vai ter muitas formigas lá? Perguntou Baratilda.

- Vai sim! Virão formigas de várias cidades da região. Será um festão e até a dona Cigarrila irá tocar lá na festa.

- Nossa! Já ouvi ela tocando violino e ela toca muito bem. Disse Baratilda.

- Eu queria poder ouvir ela tocando. Disse Mirela.

- Isso é fácil vamos chama-la e você poderá vê-la tocando aqui mesmo. Falou Baratilda.

 

Baratilda saiu um pouco para chamar Chicarrila e enquanto isso Anastácia, lá na cozinha preparava o jantar.

 

Não demorou nada e Cigarrila chegava e com ela, podia se sentir o aroma da comida que vinha lá da cozinha. Logo Cigarrilda chegou e foi apresentada à Mirela.

 

- Ela é humana e consegue nos entender? Perguntou.

- Sim! Mirela é uma menina muito especial. Respondeu Baratilda.

- Então você quer me ouvir tocando?

- Adoraria! Respondeu Mirela.

 

Cigarrilha não perdeu tempo e começou a toca. Primeiro um violão e além de tocar cantava também para surpresa de Mirela.

 

Lá na cozinha, Anastácia que acabara de terminar o jantar também havia feito alguns biscoitos ouvindo aquela viola tocando e uma voz maravilhosa cantando pegou os biscoitos, colocou em uma bandeja e foi até onde Mirela estava sentada e teve uma agradável surpresa ao ver ela acompanhada de seus amiguinhos.

 

Cigarrilha e Formilidia ao verem Anastácia chegar olharam para ela assustada, mas Baratilda informou que ela também, graças à Mirela também conseguia ouvi-los e para surpresa de todos inclusive da própria Anastácia, esta sentou-se, colocou os biscoitos para que eles comessem e ficou ali ouvindo Cigarrila tocando e cantando e conversando.

 

Anastácia perdeu a noção do tempo e quando se deu conta viu que estava quase na hora dos país de Mirela chegarem e se levantando foi cuidar das outras coisas.

 

Mirela ainda ficou um pouco por ali conversando com seus novos amiguinhos e logo ela teria que entrar, mas antes de ir Mirela esfarelou um pouco um biscoito e deixou em um canto para que seus amigos pudessem comer. Formilidia pegou uma folha, carregou ela com farelos depois de pedir para Mirela e disse que levaria para Formilópolis.

 

Baratilda também se despediu e disse que voltaria no dia seguinte e depois de se despedir Cigarrila bateu asas e voou direto para uma árvore ali perto, mas garantindo que no dia seguinte voltaria.

 

Já Anastácia depois de levar Mirela para dentro ainda não se conformava de como é que ela podia conversar com aqueles bichinhos e pior que isso, ao fazer isso, fez com que até ela acabasse fazendo o mesmo e não via a gora de que um novo dia chegasse para que ela pudesse de novo, ao lado de Mirela poder conversar com os novos amiguinhos

 

Fim