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Título   Eles chegaram Gênero Policial
 
     
     
     
 

 

Título original: Eles chegaram

Romance / Drama / Policial

edição

 

Copyright© 2023 por Paulo Fuentes®

Todos os direitos reservados

 

Este livro é uma obra de ficção.

Os personagens e os diálogos foram criados a partir da imaginação do autor.

 

Autor: Paulo Fuentes

Preparo de originais: Paulo Fuentes

Revisão: Sônia Regina Sampaio

Projeto gráfico e diagramação:

Capa: Paulo Fuentes

 

Todos os direitos reservados no Brasil:

Paulo Fuentes e El Baron Editoração Gráfica Ltda.

Impressão e acabamento:

 

 Apoio Cultural:

 

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  Lançamento de livros e/ou filmes possuem custos e o autor busca PATROCINADORES para lançar suas obras tanto para edição em formato de livros de papel ou quem sabe, para a realização de filme (s)... Caso haja interesse em relação à isso favor entrar em contato. Grato.
 

 

 

Esta é uma obra de ficção romanceada...
Qualquer semelhança com fatos presente, passado ou futuro...
Pode ser mera coincidência.
(nota do autor)

 

São Paulo, 23 de julho de 2027
09:54 AM

 

Movimentos de corre e corre invadiram o Palácio dos Bandeirantes na capital paulista e apesar do tumulto poucos sabiam o que estava havendo, mas a maioria pensava que fosse algum tipo de incêndio, mas não era nada disso e o assessor do secretário de segurança pública do estado entrou correndo na sala do secretário sem sequer pensar em bater na porta.

 

- O que é isso Jonas! Está maluco de entrar aqui assim.

- Me perdoe secretário, mas acabou de acontecer uma fatalidade a poucos minutos no banco Central lá na avenida Paulista.

- Eu sei onde fica o banco Central aqui em São Paulo, mas o que houve?

- Dezesseis homens fortemente armados invadiram o banco na divisão de dinheiro e levaram o que encontraram pela frente.

- Pare, respire um pouco e depois me explique direito.

- Foi isso mesmo que eu disse secretário! Dezesseis homens fortemente armados invadiram o banco Central lá na avenida Paulista com uma van e levaram todo dinheiro que encontraram.

- Isso é impossível! Aquele banco tem segurança demais.

- Ligue a TV e veja.

 

Ainda não acreditando Silvério ligou o aparelho de televisão e viu que de fato havia uma das emissoras de TV dando ênfase sobre o assalto o qual levaram sete minutos para ser realizado na sede do banco Central. Mudou de canal e remudou constatando que todos estavam dando a mesma notícia e viu pela primeira vez na sua vida a avenida mais movimentada da cidade interditada nos dois sentidos.

 

- Isso é um absurdo! O governador já viu isso?

- Já deve ter sido notificado.

- Venha comigo! Vamos lá para ver.

 

Saíram e logo chegaram na sala do governador e como a porta estava aberta nem pediram para entrar.

 

- Já ia te chamar Silvério! O que tem para me dizer sobre isso?

- Acabei de ficar sabendo também governador e vou ver o que dá para se fazer.

- Não veja o que dará para fazer, faça!

- Agora mesmo! Só vim aqui para te notificar senhor.

- Desculpe! Como podem ter atacado aquele prédio que tem a segurança que tem?

- Foi o que eu disse, mas vou chamar o comandante da polícia militar imediatamente e nem vou esperar para saber o que os federais irão fazer.

- Era só o que me faltava, faça isso com urgência.

 

Silvério saiu da sala do governador e rapidamente começou a tentar se concentrar e ficando momentaneamente sozinho Antunes, o governador sabia que iria enfrentar muitos desafios com uma das poderosas facções criminosas do estado, mas não esperava uma coisa daquela. Invadirem a sede do banco Central era uma coisa que não seria lógico para qualquer facção devido à segurança que havia naquele prédio.

  

Mexeu em papeis e remexeu-se em busca de uma ideia. Confiava demais em seu secretário de segurança pública. Haviam estudado juntos, se formaram juntos em direito e se tornaram promotores de justiça juntos. Fizera concurso e acabou virando juiz e fora o juiz mais novo na história do estado a se candidatar e se eleger à governador apesar de toda família serem contra esta decisão dele de entrar para a política.

 

- Alguém tem que fazer algo! O estado e o país estão um caos. O crime vem aumentando cada dia mais e não dá para apenas criticar. Tenho que fazer algo. Lembrou-se perfeitamente de suas palavras dadas para sua família.

 

Quase perdeu a esposa por causa disso, mas a relutância em nada fazer não o impediria de ao menos tentar. Chamou Silvério seu velho amigo e lhe fez a proposta para comprar aquela luta desigual e em campanha prometeram que poderiam morrer tentando, mas que tentariam fazer do estado um lugar mais seguro para a população e agora, com praticamente sete meses no comando acontecia uma coisa daquela. Tinha que dar uma resposta logo para a população e o faria nem que tivesse que ir atrás dos que fizeram aquilo pessoalmente.

 

Confiava demais em seu amigo e companheiro de lutas que nomeara como secretário e mesmo sabendo que ele logo traria algum resultado não queria e nem ficaria parado.

 

- Dalva! Liga para mim para o Edgard por favor.

- Sim senhor! Respondeu ela.

- Sei que Silvério ligará para ele também, mas preciso ganhar tempo, afinal o banco é de responsabilidade da União e talvez Edgard possa ajudar.

- Ele está na linha senhor!

- Edgard!

- Oi meu querido amigo! Como está São Paulo hoje?

- Não viu a TV?

- Não! O que houve?

- Está onde agora?

- Em casa! Estive caçando pássaros à noite e acordei com a sua ligação.

- Pô! Estava dormindo?

- Às vezes eu consigo fazer isso. Respondeu sorrindo.

- Ligue a TV e veja em qualquer canal.

- Espere aí!

 

Edgard saiu da linha por um instante e voltou de novo pegando o celular.

 

- Cacete! Assalto no banco Central é coisa de macho mesmo.

- Você acha?

- Isso não é coisa de nenhuma facção criminosa. É coisa maior.

- Porque diz isso?

- Não sei lhe dizer, mas a experiência de vida que tive e dos anos que estou na federal me levam a crer que isso, a não ser que eu esteja enganado é coisa de profissional e daqueles bem treinados.

- Acha isso mesmo?

- Não sei! Me dê uma hora. Vou tomar um banho rápido e ir até lá na Paulista e de lá eu te informo, pode ser?

- Pode!

- Mesmo porque isso é caso da Polícia Federal e vai chover policiais lá no banco Central.

- Você me avisa?

- Claro! Só me dê um tempinho para eu me arrumar que já irei para lá.

- Obrigado!

- Não me agradeça! Estamos na mesma luta. Até daqui a pouco.

 

Desligaram o telefone e Antunes teve a certeza de que Edgard iria até o banco e lá levantaria tudo que acontecera e lhe daria retorno e isso era coisa certa, mas ficou pensando nas palavras do amigo que afirmara que o que acontecera não era coisa normal.

 

Havia uma certeza nas suas palavras que pelo que se conheciam Edgard estava vergando um caminho de coisa maior, de profissionais internacionais e se recordou de que eles em conversa na casa de Silvério comentaram do porque os terroristas nunca resolveram se expor por aqui com mais afinco e nas brincadeiras deles Edgard disse que, os terroristas internacionais na verdade não tinham se manifestado por aqui porque tinham medo de nossos bandidos.

 

Claro que era uma simples metáfora e se recordaram que certa vez, a alguns anos no passado a máfia italiana até tentou alguma coisa, mas aparentemente desistiu de se expor abertamente devido a poderosa facção criminosa que havia por aqui e de certa forma, se associou a ela discretamente e acabou desistindo com o decorrer do tempo.

 

A polícia militar estava em polvorosa querendo fazer algo, porém, pouco poderia fazer a não ser dar apoio visto que não era da sua alçada se meter naquele assunto e quando Edgard finalmente chegou até a sede do banco como pensava o local estava forrado de polícia de tudo que é tipo.

 

- O que está fazendo aqui Edgard?

- Estava passando aqui perto e como vi o movimento resolvi parar.

- Sei bem como que é isso! Estava dormindo depois da noite intensa e obviamente que o governador te ligou e te arrancou da cama e como são amigos de longa data disse para ele que viria aqui e depois lhe telefonaria. Não foi isso?

- Pô Valentin! Assim você quebra a minha desculpa de estar aqui. Disse Edgard sorrindo.

- Eu te conheço meu amigo, mas foi bom que veio até aqui.

- Porque diz isso?

- Porque me recordo de umas asneiras que você disse sobre algum dia os terroristas resolvessem se instalar no paraíso chamado Brasil.

- Falei por falar e sabe disso!

- Não! A coisa foi realmente de profissionais.

- Porque diz isso?

- Como agem as facções criminosas aqui em São Paulo, por exemplo.

- Sem preparo e quando tem algum planejam, mas deixam falhas.

- Isso mesmo!

- E o que é que tem o trem com o cavalo manco?

- Este ataque ao banco Central foi exaustivamente estudado e preparado e quando vieram para cá sabiam o que tinha aqui, onde estava e como teriam que agir e o fizeram em apenas sete minutos desde que passaram pela rígida segurança.

- Foram sete minutos mesmo?

- Foram!

- Achei que tinha ouvido errado na televisão. Sabe que tipo de armamento eles estavam usando?

- Aí que está meu amigo! Usaram uma arma nada convencional e isso assustou ou abalou toda a estrutura da segurança daqui.

- Como assim?

- Pelo que soubemos, a priori, usaram uma arma do tipo da jornada nas estrelas.

- Não entendi! Confessou Edgard.

- Ainda é coisa confidencial, mas pelos primeiros relatos, segundo uma testemunha, eles estavam usando uma arma de raios que no disparo que fizeram para mostrar o efeito do que estavam usando deixou os seguranças apavorados.

- Quem lhe disse isso?

- É confidencial, mas como sei que o seu grupo das forças especiais da PF deverá assumir isso quero te levar para conversar com a testemunha que a escondemos para proteção dela mesma.

- Hum! Temos alguém que viu esta arma?

- Pior que isso! Ele viu uma destas armas funcionando e está assustado até agora. Venha comigo, vou te levar até ele.

 

Entraram no prédio depois de Edgard ter se identificado e o corre-corre ali dentro estava uma loucura, pois haviam fechado a porta dianteira do banco e ali dentro naquele momento estava na situação de que ninguém entra e ninguém sai a não ser a Polícia Federal ou autoridades liberadas por eles. Valentin acompanhado de Edgard entraram por um corredor fortemente guarnecido por federais e entraram em uma sala.

 

Nela estava um segurança ainda apavorado e junto dele estava uma policial também federal da área de psicologia tentando fazer com que ele se acalmasse. Foram até ele.

 

- Bom dia meu irmão! Sou Edgard, sou da Polícia Federal, mas não igual este bobo aqui do meu amigo que está cuidando da operação. Disse sorrindo.

- Bobo eu! Era só o que me faltava. Respondeu Valentin também sorrindo.

- Não liga para ele porque ele não sabe nada de nada, mas me diga o que viu? Me disseram que pareceu ter visto o senhor Spock e o capitão Kirk foi isso?

- Não! Eles eu não vi, mas as armas deles me lembraram das que usam nos filmes. Disse o segurança se soltando um pouco.

- Arma de raios?

- Isso!

- Era grande, pequena, tipo pistola ou um rifle?

- Média!

- E como sabe que ela era de raios?

- Porque eles deram dois tiros quando chegaram e o alvo sumiu.

- Sumiu assim mais ou menos tipo ter sido desintegrado?

- Isso!

- E no que eles atiraram?

- No aquário que havia perto da entrada e em mim.

- Espere aí! Vamos com calma, eles dispararam no aquário e o que houve com ele?

- Desapareceu com a água e os peixes que haviam dentro dele.

- Desapareceu de deixou de existir?

- Isso mesmo!

- Também acaba de dizer que depois do aquário dispararam e você, foi isso mesmo que disse?

- Foi!

- E se o aquário sumiu, porque você está aqui na minha frente ainda?

- Porque eles mexeram na arma de um deles e disseram que umas eram para desintegrar e outras estavam preparadas para tontear e fizeram uma demonstração atirando em mim.

- Rapaz! Quer dizer que nisso você nasceu de novo?

- Acho que sim senhor!

- Sabe como que ela funcionou?

- Não! Foi rápido demais e quando dispararam no aquário já causou pavor, mas quando viraram para o meu lado e dispararam os demais baixaram as suas armas e se jogaram no chão sem esboçar mais qualquer reação.

- Então usaram você de cobaia para assustar aos demais?

- Sim senhor!

- Mas me diga, como que eles conseguiram entrar aqui dentro se aqui é área de segurança máxima?

- Vieram na perua que traz a alimentação como fazem todos os dias e após se identificarem puderam entrar.

- É normal liberar o acesso aqui fácil assim? Perguntou Edgard.

- Não senhor!

- E como que eles entraram então?

- Estavam usando uma máscara como se fosse o João Carlos que é quem traz a alimentação.

-Ih! A coisa está ficando confusa. O que está me dizendo então foi que este tal de João Carlos é cúmplice deles?

- Não senhor! Eles estavam usando uma máscara idêntica ao rosto do João Carlos e os documentos checados e a digital que se usa para entrar também era do entregador.

- E como sabe que a pessoa estava usando a máscara com a aparência do João Carlos?

- Porque a máscara está aqui em cima da mesa senhor!

 

Edgard se virou e de fato havia uma máscara em cima da mesa. Pegou-a e olhou com atenção. Era de um produto sintético que visto sem prestar atenção levava a crer que era de fato ou poderia ser a pessoa que é ou seria cúmplice ou uma vítima.

  

- Isso aqui está virando cena de filme de ficção. Primeiro da jornada nas estrelas e agora o da missão impossível. Falou por falar Edgard.

- Foi o que pensei e por isso que fiquei assustado senhor!

- Conhece este tal de João Carlos?

- Conheço daqui. Fazem quatro anos e meio que trabalho aqui e ele já vinha trazer os alimentos antes de eu começar a trabalhar neste local.

- Você é terceirizado?

- Não senhor! Sou efetivo.

- Qual é o seu nome?

- Eu me chamo Edivaldo Vizzoto. Tenho vinte e oito anos, sou casado e não tenho filhos.

- Gostei! Nem me deu tempo para perguntar.

- Sabia que iria perguntar senhor e por isso me antecipei.

- Você é um rapaz esperto Edivaldo. Estuda algo por acaso?

- Estudo sim senhor! Estou cursando o terceiro ano da faculdade de direito e meu sonho é entrar para a federal.

- Não faça isso não! Se forme e preste concurso para promotor ou juiz senão vai ser um tonto igual eu e o meu parceiro Valentin aqui e de repente poderá virar até governador. Sabia que o governador Antunes era juiz?

- Sabia sim senhor!

- Você disse que era casado, é isso?

- Sim! Sou casado com Léia que já se formou em direito.

- Interessante! Um casal da lei. Gostei, mas agora espere aqui que vou dar uma volta e daqui a pouco estarei aqui de novo. Fique calmo porque pelo que vi nasceu de novo e me passe o telefone da sua esposa que vou pedir para que a Ângela ligue para ela ficar mais sossegada. Está bem?

- Obrigado senhor!

 

Edgard pegou o número do telefone e passou para que Ângela ligasse e depois acompanhado de Valentin saiu de onde estavam e foram ver onde ficava o tal aquário.

 

Recife, 27 de julho de 2023.
10:16 AM

 

A confusão estava a todo vapor dentro da sede do banco Central na cidade do Recife. Pessoas corriam apavoradas de um lado para o outro. O inimaginável acabara de acontecer. O banco mais seguro da cidade acabara de ser assaltado.

 

Policiais civis e militares rasgavam a rua Aurora, a rua da Fundição, a rua capitão Lima e a Araripina como doidos. Policiais federais foram mobilizados e a área toda foi fechada. Dezenas de viaturas cercaram o local, mas nem sinal dos assaltantes. Entraram e saíram em uma operação que não demorou mais do que sete minutos.

 

Lá dentro, os seguranças estavam completamente atordoados, pois os ladrões entraram pelo portão de serviço e após passarem por ele sacaram armas que duas testemunhas alegaram que eram de raios do tipo dos filmes de ficção cientifica.

 

O secretário de segurança do estado bem como o governador não sabia o que dizer, porém, já haviam visto que um ataque parecido acabara de acontecer também na cidade de São Paulo e aparentemente foram iguais os dois.

 

- Me dê detalhes disso Ozório! Pediu o governador.

- Ainda estamos apurando o que houve senhor e já lhe darei retorno, mas pelo que me informaram entraram pelo portão de serviço, renderam os seguranças e para mostrar o poder de fogo ou raios das armas eliminaram um cachorro que ficava naquela área.

- Eliminaram um cachorro? Perguntou o governador.

- Sim senhor e também tontearam um segurança para mostrar que as armas podiam matar ou tontear e segundo me falaram os seguranças se renderam.

- Como se renderam?

- Atiraram em direção a um deles logo após terem eliminados o cachorro e este caiu duro no chão feito uma pedra, mas felizmente ele não morreu.

- Quem foi para lá?

- A polícia civil, metropolitana, a militar e a federal porque aquela área é deles e eu estou indo para lá também.

- Vá e me mantenha informado. Vou ligar para São Paulo enquanto isso e ver o que estão fazendo por lá.

- Em até quarenta minutos te informo senhor!

- Obrigado, mas como podem invadir o banco Central?

- Não tenho a menor ideia senhor, mas daqui a pouco lhe informou.

 

Paulo, o secretário de segurança pública do estado do Pernambuco saiu e o governador Afonso voltou para sua sala e se deixou cair na cadeira não se conformando com o fato.

 

Haviam tido uma reunião de governadores recém eleitos onde a maioria representava uma boa base de renovação e os assuntos principais eram a saúde, educação, mas o que mais pesava era o de segurança que estava castigando os estados e nesta reunião a maioria prometera que combateriam o crime de forma intensa e agora aquilo.

 

- Angélica! Me ligue com urgência para o governador Antunes em São Paulo.

- Sim senhor!

- Obrigado! Afonso agradeceu e esperou um pouco.

- Governador! O governador de São Paulo está na linha.

- Obrigado Angélica, pode passar!

- Oi Afonso! Que dia está sendo hoje para nós heim?

- Já está sabendo do que houve aqui?

- Sim e pela TV que aconteceu algo parecido com você aí.

- Tem ideia do que foi isso tudo?

- Não, mas pedi para um grande amigo meu que é da Polícia Federal ver lá para mim.

- Pior que isso é assunto deles e nada podemos fazer. Falou Afonso.

- Verdade, mas a federal já foi aí na sede do banco Central?

- Pelo que eu soube já devem estar lá.

- Qualquer coisa que eu souber aqui te aviso, pois não acho que foi apenas uma coincidência. Informou Antunes.

- Não mesmo, mas aguardo retorno teu e se eu souber de algo aqui também te aviso.

- Combinado e foi por isso que insisti em acabar com o crime, porque senão eles acabarão conosco.

- Disse tudo meu amigo! Falou Afonso desligando.

 

Porto Alegre, 27 de julho de 2023.
11:39 AM

 

- Que loucura foi esta que acabaram de me avisar Derick?

- Acabei de receber a informação também senhor governador.

- Bah! Aconteceu em São Paulo e no Recife pelo que sei também, é isso mesmo?

- Vi das outras duas cidades pela TV a pouco. O que está fazendo para tentar resolver isso?

- Já mobilizei a polícia civil e a militar que fecharam a Sete de Setembro, a Siqueira Campos, a Araújo Ribeiro e até a Mauá naquele pedaço, mas da mesma forma que entraram saíram e desapareceram senhor e tudo durou apenas sete minutos.

- Como podem ter invadido três unidades do banco Central ao mesmo tempo e pior, em tempo tão curto?

- Estou indo para lá agora senhor e pelo que sei a Polícia Federal já chegou ao local. Verei e te informarei.

- Isso é loucura! Aquele lugar tem segurança rígida. Sabe o que ou quanto levaram de lá?

- Não! Nenhuma informação foi passada ainda, mas daqui a pouco saberei mais e lhe informarei governador.

- Então vá logo e me avise.

- Farei isso! Disse Derick saindo.

 

Munir, o governador voltou para sua sala e praticamente desmontou em cima do sofá que havia na sua sala e olhando para a janela ficou pensando na reunião que tiveram a dois meses atrás onde o governador de São Paulo, Antunes Gonçalves Paina encabeçando a reunião enfatizou a saúde, a educação, mas muito mais sobre a segurança e ele, com desdém alegou que seu estado não era tão violento e o disse por divergências políticas.

 

- Que merda! O estado dele também foi atacado, mas tenho que dar o braço a torcer porque ele tinha razão. Disse para si mesmo.

 

Alheio a isso Derick saiu e logo chegou ao local dos fatos, uma vez que a distância do Palácio Piratini até a sede gaúcha do banco Central distava apenas de um quilometro e pode constatar o tumulto que estava o local.

 

Polícia de todas as atividades da cidade e do estado por lá se encontravam e um verdadeiro exército de federais estavam chegando também e quando a imprensa viu que era ele que chegava quase o atropelaram querendo saber maiores informações.

 

- Pode nos adiantar alguma coisa secretário? Perguntou uma jornalista.

- Acho que vocês que estão aqui estão sabendo até mais do que eu que acabei de chegar.

- Como puderam atacar o banco Central daqui secretário?

- Não podia, mas pelo que vejo atacaram, mas vamos ver o que apuramos.

- Já sabe quanto de dinheiro que roubaram daí secretário?

- Não tenho a menor ideia, mas vamos apurar e os senhores saberão em breve.

 

Muitas outras perguntas lhe fizeram, mas como político que era conseguiu desviar e entrou na sede do banco e lá tentou colher alguma informação que pudesse passar para o governador, mas pouco saberia, afinal aquele ato ou fato estava já sob a responsabilidade dos federais e até que tivessem certeza eles segurariam as informações. Teria que esperar.

 

Devido à sua autoridade de secretário de defesa do estado respeitaram a sua presença, mas os federais nem lhe deram atenção e Derick foi vendo o que poderia colher maiores informações e ficou surpreso quando ouviu de um dos seguranças que alegaram que os dezesseis bandidos entraram e saíram dali em no máximo sete minutos sinal que sabiam o que buscavam e como agir.

 

Pouco mais conseguiu apurar e deixando um assessor ali no local voltou para o Piratini onde encontrou o governador conversando com o de São Paulo esse desculpando pela falta de atenção que dedicou na reunião que tiveram, mas a conversa foi breve porque Antunes não queria lhe dar atenção naquele momento também.

 

- Que cara mais ignorante! Reclamou de Antunes.

- Ele foi malcriado?

- Muito! Sente-se e me conte o que deu lá?

- Fui a meu ver um assalto e dos bravos.

- Como puderam assaltar lá?

- Ninguém sabe, mas toda a operação durou apenas sete minutos?

- Só isso?

- Só! Entraram e saíram tão rápido quando um raio. Informou Derick.

- Levaram muito?

- Ninguém sabe e conhece bem como que é a federal, não conhece?

- Sei sim! Tão ignorante quanto ao Antunes.

- Mas ouvi por cima uma coisa curiosa!

- O que? Perguntou o governador curioso.

- Ouvi e não sei se entendi errado que toda a operação durou sete minutos e pior que isso, parece que os bandidos estavam usando armas a laser.

- Que!

- É! Devo ter entendido errado, porque isso não existe.

- Vamos aguardar para ver o que eles descobrem. Finalizou Munir.

 

Belém, 27 de Julho de 2023.
10:53 AM

 

- Está vendo Valdeni! Estas porcarias só acontecem nestes estados. Aqui nunca terá isso.

- É que são as suas políticas de segurança pública governador e está de parabéns por causa disso.

- Não seja modesto Valdeni! As políticas de segurança são méritos seus e não meus.

- Engraçado que o Antunes foi tão prepotente da reunião que ele mesmo convocou e não consegue conter o ímpeto de seus bandidos regionais.

- É! Pode até ser governador, mas aconteceu o mesmo como está dizendo ai na TV nos estados do Rio Grande do Sul e do Pernambuco.

- Frouxos! É isso que eles são, perfeitos frouxos. Veja se alguém tem coragem de fazer este tipo de crime por aqui. Comentou Jacir cheio de pompa.

- Senhor governador! Acabamos de ter uma situação terrível no banco Central daqui. Informou Lucélia entrando na sala sem bater.

- O que está dizendo Lucélia?

- Isso mesmo que o senhor ouviu. Acabaram de invadir o banco Central e me parece que um dos seguranças foi desintegrado.

- Como desintegrado?

- Não sei senhor! Quem passou a informação foi o comandante da nossa polícia militar que está na linha querendo falar com o secretário.

- Passe logo está ligação para cá! Pediu Jacir ainda estonteado.

- Alô! É o secretário?

- Não! Aqui é o governador e ele está do meu lado.

- Desculpe senhor, mas uma tragédia ocorreu aqui no banco Central e quem está falando aqui é Rivaldo Travisco.

- Que porra é esta de ter um segurança desintegrado?

- Estou entrando agora nas dependências do banco e logo saberei o que foi, mas quem passou a informação foi um outro segurança.

- Veja isso direito e o que foi isso de terem desintegrado uma pessoa. Não há armas que façam isso. Comentou o secretário.

- Não sei dizer senhor, mas eram dezesseis bandidos, entraram, atiraram com armas a laser, foram direto onde havia dinheiro e em torno de sete minutos saíram em uma van. Pelo menos foi isso que fiquei sabendo, mas irei entrar e comunico aos senhores daqui a pouco.

- Faça isso comandante! Estou indo para aí agora mesmo. Desligaram.

- Porra! Que merda Valdeni, sou obrigado a reconhecer que irei morder a língua quando isso for divulgado.

- Senhor! Viu o que está acontecendo no país?

- Sim! Estão assaltando bancos com armas que não existem.

- Isso também, mas o tempo de cada ataque em cada um dos bancos foram em torno de vinte minutos de um para o outro.

- Hum! Verdade, e?

- Sinal que se eles seguirem este programa mais alguns ou todos serão atacados no decorrer da manhã.

- Não tinha pensando nisso, mas agora que atacaram quatro bancos centrais de quatro estados dispersos não acredita que as policias estarão preparadas?

- Preparadas contra armas a laser senhor?

- É! Realmente não estão mesmo e se for assim a tragédia poderá e será muito maior.

- Vou até lá e daqui a pouco lhe posiciono senhor!

- Vá sim! Fico no aguardo de maiores informações.

- Farei isso! Disse Valdeci saindo.

- Puta que pariu! Tinham que atacar justo o meu estado? Que merda. Disse o governador.

 

Valdeci saiu e rumou direto até ao Bulevar Castilho França e mesmo estando longe ainda do local notou que as polícias civis e militar estavam fechando todas as ruas e só conseguiu romper a barreira por conta de sua autoridade. Chegou finalmente ao bando, se identificou e entrou.

 

- O que aconteceu aqui Rivaldo?

- Pelo que sei foi exatamente como lhes contei pelo telefone.

- Disse que um dos seguranças foi desintegrado com uma arma a laser?

- Isso mesmo senhor!

- Mas como isso?

- Os marginais chegaram e entraram não sei como ainda e aqui dentro deram o brado de assalto. Um dos seguranças resolveu enfrenta-los e eles sem dó nem piedade disparou contra ele e o mesmo desapareceu no ar.

- Este tipo de armas só existe em filmes de ficção Rivaldo!

- Foi o que disseram aqui e depois disso sem se importar e tendo todos os seguranças submissos entraram e em torno de sete minutos saíram em uma perua van e desapareceram.

- Bem! Então não entraram para roubar dinheiro, pois o que tem aqui não caberia em uma van, não é?

- Não! Levaram justamente dinheiro e pelo que comentaram limparam tudo que havia lá dentro do cofre.

- Isso é impossível! Só se forem de outro planeta.

- Saiba que nenhum dos que estão aqui duvidariam disso de serem extraterrestres.

- Só faltava essa agora. Vamos lá ver isso direito. Falou o secretário entrando.

 

- Telefone para você Edgard!

- Agora não dá para atender telefone, não acha?

- Acho, mas este vai ter que atender.

- Quem é?

- É apenas o senhor Severo Augusto Torres! Digo que você não está?

- O ministro?

- Anhãn!

- Bom dia senhor Ministro!

- Bom dia Edgard! Tem um avião da força área te esperando em Congonhas. Venha para cá agora sem discutir.

- Sim senhor!

- Ah! E antes que diga que tem trânsito até lá já lhe adianto que tem um helicóptero aí no heliporto do banco preparado para leva-lo até Congonhas.

- Sim senhor!

- Não se atrase!

- Não dependerá de mim se eu me atrasar senhor!

- Ótimo! Desligou.

- Você está doido? Perguntou Valentin.

- Porque?

- Vai fazer gracinha numa hora desta e justo com o ministro?

- Não disse nada demais, afinal dependerá dos pilotos.

- Ah vá para a merda Edgard. Respondeu sorrindo.

- Bem vou lá ver o que ele deseja e por favor, agora sério, me informe o que conseguir aqui e onde está o Edivaldo?

- O segurança?

- É!

- Porque quer saber dele?

- Porque ele irá comigo. Cadê ele?

- Onde você o deixou oras.

- Vou pegá-lo lá elevá-lo então e por favor, só confio em informações suas, portanto veja o que consegue apurar e me avisa.

- Ainda bem que disse que confia em mim, porque senão ia brigar com você por não me levar junto. Resmungou Valentin sorrindo.

- Valentin! Vá para a merda. Disse Edgard sorrindo, pegando Edivaldo e indo para o heliporto.

- Para onde está me levando doutor?

- Não disse que ia te proteger?

- Disse sim senhor!

- Fui convocado para ir para Brasília e vou leva-lo comigo. Tem medo de voar?

- Tenho!

- Então tinha, porque vamos primeiro pegar o helicóptero.

 

Edivaldo o seguiu morrendo de medo, pois se tinha medo de voar de avião tinha muito mais de helicóptero, mas aquilo não era um convite e sim uma intimação.

 

Foram até o pátio e lá estava a aeronave aguardando-os para leva-los até Congonhas e de lá pegaram a aeronave da força aérea e voaram diretamente para Brasília onde uma viatura da Polícia Federal os aguardavam na beira da pista e de lá diretamente para o ministério da justiça.

 

- Quando eu contar isso para a minha esposa ela dirá que eu estou mentindo!

- Fácil de resolver! Aqui está seu celular! Ligue para ela com câmera e mostre para ela onde está e se quiser me deixa fazer careta para ela também. Disse Edgard sorrindo.

- Posso?

- Deve! Aproveita.

- Amor! Advinha onde eu estou?

- Estou aflita aqui! Está onde?

- Em Brasília!

- Como em Brasília?

- Lembra que te falei do federal que me tratou bem?

- Sim!

- Olha ele aqui! Disse mostrando Edgard na câmera para ela.

- Fique tranquila senhor que estou protegendo seu marido e prometo devolve-lo inteiro e sem um arranhão.

- Obrigado senhor! Deus te abençoe.

 - Viu só!

- O que está fazendo aí?

- Não sei, mas deve ser em uma missão confidencial. Tenho que desligar agora. Te amo.

- Também te amo! Disse ela. Desligaram.

- Mandou bem! Estou começando a gostar de você, mas agora fique na sua e só fale quando for questionado, tudo bem?

- Tudo bem senhor!

- Apresse aí rapaz, porque senão o ministro vai te puxar as orelhas. Disse Edgard sorrindo.