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Título   Injustiçado Gênero Drama
 
     
     
     
 

 

Título original: Injustiçado

Romance / Drama

edição

 

Copyright© 2023 por Paulo Fuentes®

Todos os direitos reservados

 

Este livro é uma obra de ficção.

Os personagens e os diálogos foram criados a partir da imaginação do autor.

 

Autor: Paulo Fuentes

Preparo de originais: Paulo Fuentes

Revisão: Sônia Regina Sampaio

Projeto gráfico e diagramação:

Capa: Paulo Fuentes

 

Todos os direitos reservados no Brasil:

Paulo Fuentes e El Baron Editoração Gráfica Ltda.

Impressão e acabamento:

 

 Apoio Cultural:

 

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  Lançamento de livros e/ou filmes possuem custos e o autor busca PATROCINADORES para lançar suas obras tanto para edição em formato de livros de papel ou quem sabe, para a realização de filme (s)... Caso haja interesse em relação à isso favor entrar em contato. Grato.
 

 

 

Esta é uma obra de ficção romanceada...
Qualquer semelhança com fatos presente, passado ou futuro...
Pode ser mera coincidência.
(nota do autor)

 

Nada, absolutamente nada é como parece ser dentro das muralhas do inferno. Muitas vezes fora delas acredita-se que lá dentro existem apenas monstros, quando na verdade os verdadeiros monstros podem ser justamente quem deveria cuidar dos detentos e ressalta também o autor que fatos, atos ou acontecimentos narrados no romance poderá ser mera coincidência e que a maioria dos personagens são obra fictícia de sua parte.

 

 

 

São Paulo, 27 de maio de 2030.

 

- Preciso que me faça algo Geraldo!

- O que deseja governador?

- Preciso que vá você mesmo, pessoalmente, até a cidade de São Roque e veja o que o topografo está fazendo.

- É sobre a penitenciária senhor?

- Isso mesmo! Ele ficou de me trazer todos os dados da topografia na segunda passada e até agora nada.

- Vai ver que o prefeito desistiu de liberar o terreno senhor!

- Ele nem seria doido de dizer não agora!

- E se ele voltar atrás?

- Se voltar atrás corto as verbas que lhe prometi e libero para o ministério público o que se tem contra ele, portanto, vá para lá agora e se ele não estiver no terreno ache Dagoberto e o traga aqui.

- Sim senhor! Respondeu Geraldo saindo da sala.

 

 

Guilherme havia prometido em campanha acabar com as superlotações nas penitenciárias uma vez que a justiça morosa como era insistia em ficar mais fora da lei do que os próprios presos e não que ele fosse um defensor do crime, dos criminosos ou de facção criminosa, porém, sabia que uma pessoa reclusa junto com vários outros que nada tinham mais a perder, se por acaso tivesse ainda um pouco de dignidade, sendo maltratada poderia acabar ainda mais perigosa que os mais perigosos presos por crimes hediondos.

 

Fora eleito a poucos meses e acabou pegando o estado em um verdadeiro caos na saúde, na habitação, nas escolas estaduais e o financeiro estava teoricamente falido e só assumira aquela candidatura de uma eleição suja e manipulada porque tinha bons princípios e os valores familiares que tivera e tinha lhe empurraram para aquela campanha insana. Enfim, sabe-se lá como, o azarão acabou ganhando as eleições dos velhos medalhões políticos que tinham certeza que ele não lhes faria frente jamais.

 

Guilherme Lacerda era teoricamente um menino ainda. Tinha apenas trinta e quatro anos. Era médico cardiologista e por estar desgastado com o procedimento do atendimento na rede pública onde trabalhava em dois plantões e ainda atendendo pessoas necessitadas em sua pequena clínica que mantinha a duras custas com sua esposa Leonor que era psiquiatra e que brincando dizia que quando terminasse o mandato do marido ele acabaria se tornando o melhor cliente dela.

 

Ganharam, ele e esposa Leonor notoriedade sendo capa de algumas revistas e entrevistas dadas em rádios, jornais e para emissoras de televisão por atender pacientes sem de baixíssima renda ou nenhuma e que sobreviviam de ajuda de benefícios do governo federal e pensando nisso se lembrou como foi que entrou naquela roubada de se candidatar.

 

- Guilherme! Porque não se candidata? Perguntou seu cunhado Othon.

- Me candidatar a que?

- Ué! Vai haver eleições para governador no ano que vem, então porque não se filia em algum partido e se candidata?

- Está doido!

- Doido porquê? Você não vive vendo o que acontece e diz ter a solução para todos os casos.

- Espere aí! Eu vejo as falhas dos que má administram nosso estado e simplesmente digo onde poderiam fazer algo de útil.

- Então! É o candidato perfeito.

- Othon! Você bebeu?

- Sabe que não bebo, mas estou lhe dizendo algo sério. Porque não tenta?

- Primeiramente porque uma campanha política custa caro e precisa de patrocínio com os quais teria que amarrar o rabo com eles a fim de ajuda-los de alguma forma em mutretas e sabe bem que não pactuo com isso.

- O que precisa não é de dinheiro e sim de destaque na internet através das redes públicas e na mídia e no segundo caso você está a pouco de ganhar o prêmio Nobel.

- Acho que você bebeu mesmo hoje!

- Não bebi e sei como te ajudar na mídia virtual, portanto aproveite que está em evidencia e se candidate em um partido.

- Ah! Tem isso também. Quem me aceitaria de candidato.

- Tem alguns partidos pequenos que te receberiam de braços abertos.

- Pô! Primeiro quer que eu seja candidato e depois me fala de um partido pequeno. Aí, você não está querendo que eu me eleja mesmo, não é? Falou Guilherme sorrindo.

- Calma! Ainda estamos em pré-campanha cunhado.

- Pré-campanha de algo que eu não aceitei.

- Não aceitou ainda, mas vamos lá à campanha. Clarissa é uma destas influenciadoras digitais e você também sabe disso, certo?

- Vou te ouvir para ver até onde irá a sua demência e sei que ela mexe com rede social.

- Pois bem! Ela tem um canal de mídia digital que possui mais de cinco milhões de pessoas que acessam o mesmo e se ela fizer a sua propaganda e cada pessoa que a acompanha puxar no mínimo uma única pessoa você poderá chegar a dez milhões de pessoas e com isso a sua campanha estará fácil de ganhar.

- Ah tá! Digamos que a Clarissa resolva me apoiar e fazer uma campanha em seu canal digital me apoiando e que os seus cinco milhões de seguidores passem isso para ao menos uma pessoa eu tendo dez milhões de pessoas, acha que elas votariam hipoteticamente em mim?

- Eu não disse que votariam em você, mas sim que é uma ideia.

- Ah tá e pelo que sei ela iria fazer isso de graça para mim, ou seja, sem cobrar nada.

- Sim! Faria.

- E você já perguntou isso para ela?

- Não!

- Então está fazendo propaganda enganosa comigo e isso é crime, sabia?

- Quer saber porque eu não perguntei isso para ela?

- Sei! Porque você pode ser um ótimo paciente para a sua irmã, é isso?

- Não seu tonto! Foi ela que pediu para eu te propor isso.

- Como!

- Isso mesmo! Ela que sugeriu de você ser candidato à governador e se resolvesse ser ela faria isso por você de graça.

- Está de gozação comigo?

- Não! Ela que pediu para eu tentar te convencer.

- Tudo bem! Digamos que eu aceitasse sairia candidato por qual partido?

- Pelo PIB!

- PIB! Produto Interno Bruto?

- Não! Partido dos Idealistas do Brasil.

- Que raio de partido é este?

- É um partido novo, mas que já está aprovado pelo TSE.

- Então eu iria até lá, falaria com alguém que quero sair candidato à governador e eles me aceitariam de boa, é isso?

- Não tem que ir lá!

- Sei! Então eu digo que quero ser candidato a governador e nem preciso ir lá. Eles virão aqui, me trarão a ficha de inscrição e me lançarão candidato a governador. Simples assim?

- É! Bem por aí.

- Você bebeu mesmo, só pode ser isso.

- Acha mesmo? Aqui está a ficha de inscrição para se filiar ao partido.

- Heim!

- Só assinar e eles virão aqui falar com você.

- Digamos e apenas digamos que eu aceite, o presidente do partido viria aqui falar comigo?

- Iria onde você desejar que ele vá.

- Tudo bem, diz isso para ver o que penso é isso?

- Não! O presidente do partido é tio da Clarissa e adorou a ideia dela de ter você como candidato a governador pelo nosso estado.

- Está falando sério?

- Estou e a minha irmã mesmo fazendo cara feia depois que eu disse tudo isso para ela, acredite, ela gostou da ideia.

- Espere aí! A Leonor sabe disso?

- Sabe e pediu para que eu contasse e te convencesse de sair candidato.

- Não creio nisso! Estão usando meu nome em campanha e eu nem sabia disso.

- Pois é! Você é a nossa opção de mudança e nem queremos cargos políticos na sua gestão porque sabemos que não gosta de nepotismo também.

- Tudo bem! Me dê a ficha para eu preencher e assinar para que você leve isso adiante.

- Aqui está! Só assinar porque já preenchemos.

- Caramba! Fizeram tudo isso?

- Sim! Só assinar aqui. Disse Othon indicando o lugar.

 

Guilherme pegou a ficha e mesmo não acreditando no que estava fazendo assinou-a e entregou para Othon que viu se estava tudo certo, nada disse, levantou-se e foi até a porta e abrindo-a viu que ali estavam Clarissa, Leonor e Salomão Braz o presidente do partido.

 

- Seja bem-vindo ao PIB governador Guilherme Lacerda! Disse ele.

 

Guilherme nem acreditara no que acabara de fazer, mas do nada se tornou candidato.