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Título   O amor nunca tira férias Gênero Romance
 
     
     
     
     
 

 

Título original: O amor nunca tira férias

Romance / Romance

edição

 

Copyright© 2024 por Paulo Fuentes®

Todos os direitos reservados

 

Este livro é uma obra de ficção.

Os personagens e os diálogos foram criados a partir da imaginação do autor.

 

Autor: Paulo Fuentes

Preparo de originais: Paulo Fuentes

Revisão: Sônia Regina Sampaio

Projeto gráfico e diagramação:

Capa: Paulo Fuentes

 

Todos os direitos reservados no Brasil:

Paulo Fuentes e El Baron Editoração Gráfica Ltda.

Impressão e acabamento:

 

 Apoio Cultural:

 
  Lançamento de livros e/ou filmes possuem custos e o autor busca PATROCINADORES para lançar suas obras tanto para edição em formato de livros de papel ou quem sabe, para a realização de filme (s)... Caso haja interesse em relação à isso favor entrar em contato. Grato.
 

 

 

Esta é uma obra de ficção romanceada...
Qualquer semelhança com fatos presente, passado ou futuro...
Pode ser mera coincidência.
(nota do autor)

 

Piracicaba, 12 de janeiro de 2015.

 

Anderson e Marlene se conheciam desde que eram crianças, pois moravam um diante da casa do outro. Anderson estava com dezesseis anos e Marlene com quatorze e quem os vissem tinham certeza de que no seu devido tempo acabariam se casando, tendo filhos e viveriam felizes pelo restante de seus dias, afinal o amor que sentiam um pelo outro era algo que brilhava com a mais forte das luzes de tanto que irradiava o sentimento dos dois.

 

Eram crianças ainda e prometeram um para o outro que só teriam relação sexuais na noite de núpcias mesmo seus amigos dizendo que aquilo era coisa boba e que deveriam aproveitar a vida como a vida deveria ser vivida, afinal, uma doença, um acidente ou qualquer outra coisa poderia ceifar a vida um do outro e perderiam assim a oportunidade de terem provado o amor que sentiam um pelo outro na sua essência, mas ambos relutavam e além de darem risada se mantinham fieis um ao outro.

 

Anderson amava jogar futebol e os que o viam jogando diziam que ele deveria estar fazendo isso dentro de um clube de primeira linha e enquanto cresciam ele jurara que jamais deixaria sua amada sozinha, afinal, ela era a luz que iluminava tudo na vida dele.

 

Já Marlene era meiga, dócil, educada, obediente, estudiosa e sonhadora, além de ser a maior fã de seu amado e vibrava até quando ele perdia os gols que tentavam marcar, se bem que eram poucos em relação ao que ele tentava fazer.

 

Tudo ia bem entre eles e na vida de Anderson só passava uma coisa, que era a de trabalhar em uma empresa, estudar, dar entrada em uma casinha e se casar no devido tempo com a amada Marlene e recebeu ao chegar em casa depois de ter estado jogado bola a notícia de que uma empresa da cidade lhe enviara um telegrama de que ele fora aprovado no projeto do primeiro emprego e que ele deveria estar no local indicado na segunda feira logo as sete da manhã.

 

Ficou feliz. Era o início do começo de uma nova vida. Saiu correndo com o telegrama nas mãos e quase foi atropelado por uma motocicleta de tão contente que estava e querendo que Marlene visse o presente que estava recebendo.

 

- Marlene! Venha ver o que eu recebi.

- Calma menino! Ela está lá no fundo.

- Oi dona Elza! Desculpe, mas é que estou feliz demais. Disse Anderson mostrando o telegrama para ela.

- Nossa! Benza Deus. Está feliz?

- Muito feliz! Logo vou poder me casar com a Marlene.

- Muita calma aí menino. Ela só tem quatorze anos.

- Eu sei, mas já é um começo, não acha?

- Acho sim e lhe dou os parabéns por ser tão ajuizado meu filho.

- Mamãe quem é o doido que estava gritando aqui? Perguntou Marlene chegando.

- Quem você acha que seria?

- Sou eu amor! Recebi um telegrama para começar a trabalhar segunda que vem às sete da manhã.

- Nossa meu amor! Que notícia maravilhosa.

- É sim e logo poderei comprar uma casinha para nos casarmos.

- Devagar aí menino! Já te disse, ela só tem quatorze anos.

- Mas ela vai crescer, não vai?

- Claro que vai e por isso é só ter calma.

- Eu tenho. Acho que tenho e vamos esperar.

- Que bom que vocês têm juízo porque senão eu ia ficar maluca. Disse Elza entrando sorrindo.

 

Elza entrou e os dois ficaram ali conversando cheios de alegria e fazendo planos para um futuro e até sobre filhos e reafirmaram o pacto feito entre ambos que se pertenciam e que esperariam um pelo outro até que se casassem para realizar a consumação na lua de mel. Continuaram conversando e depois Anderson voltou para sua casa para comemorar a ótima notícia com seus pais e irmãos.

 

A noite passou e logo pela manhã ele acordou cedo porque tinha combinado para jogar bola e passava pouco das sete da manhã quando acompanhado de um irmão mais velho, outro mais novo e da sua amada Marlene foram até um campo de futebol e lá após se trocar e colocar o uniforme entrou para jogar.

 

Marlene e os irmãos de Anderson sentaram-se na pequena arquibancada e a partida começou. Passe para cá, passe para cá e a bola sobrou para ele que quase do meio de campo chutou e colocou a bola e a mesma entrou no que se chamavam de ninho da coruja.

 

Fizeram a maior festa e Marlene era a maior de todas as admiradoras daquele jogado de apenas dezesseis anos que na próxima segunda-feira estaria indo trabalhar em uma empresa ligada ao ramo de aguardentes ali na cidade.

 

Bola para cá, bola para lá e Anderson pegando uma boa ainda na pequena área de seu lado atravessou o campo todo, driblou um, dois, três, deu chapéu em outro, tirou o goleiro fora do lance e chutou. Gol novamente.

 

Nova comemoração. Marlene não parava de vibrar de alegria. Seus irmãos o olhavam com orgulho, a pequena torcida de seu lado festejava e a adversária batia palmas para ele pela jogada de mestre, mas uma pessoa o olhava com mais atenção ainda e pegando o telefone começou a filmar as jogadas do garoto.

 

Deram a saída novamente o time adversário atacou, a defesa defendeu e novo cruzamento para ele ainda no seu campo de defesa. Anderson saiu em desabalada correria. Driblou um, dois, três, o goleiro veio por cima dele, mas de chaleira ele fez o seu terceiro gol.

 

Nova festa e a torcida adversária dizia que para segurar o raio como o apelidaram ali só se o pegassem pelo pescoço e assim terminou o primeiro tempo vindo depois o segundo e Andersom fez mais dois gols e quando terminou o jogo ele foi carregado no colo por torcedores até do time adversário.

 

Estavam todos radiantes e ainda comemoravam quando o senhor que filmara as suas jogadas se aproximou e se apresentou.

 

- Bom dia! Meu nome é Jorge Vieira e sou olheiro de futebol e vim aqui porque me disseram que o raio ia jogar aqui hoje e quis te ver e filmar os seus movimentos em campo.

- Oi! Gostou do que viu?

- Quase nada! Respondeu Jorge sorrindo.

- Eu amo jogar bola.

- Percebi isso! O que irá fazer na segunda-feira logo pela manhã?

- Estarei começando a trabalhar em uma fábrica de aguardente aqui no programa do jovem aprendiz. Respondeu Anderson orgulhosamente.

- Tenho uma proposta melhor?

- Qual? Perguntou já tendo Marlene e seus irmãos do seu lado.

- Quero te levar para a capital e poderá escolher o time que desejará jogar.

- Como?

- Poderá escolher entre o Palmeiras, o São Paulo, o Santos ou o Corinthians.

- Sei! Está de zueira, não é?

- Não! Falo muito sério.

- Não posso! Estou para me casar e começo a trabalhar na segunda-feira.

- Como jovem aprendiz, é isso?

- É!

- Qual é o salário de um jovem aprendiz?

- Mais ou menos em torno de seiscentos por mês, porque?

- Porque estou te oferecendo a oportunidade de ganhar muito, mas muito mais que isso indo comigo para a capital.

- Não posso infelizmente ir. Tenho que começar a trabalhar na segunda.

- Jogará bola trabalhando também.

- Não posso trocar o certo pelo duvidoso e nem poderei deixar minha namorada aqui e ir para a capital.

- Podemos falar com seus pais?

- Para que?

- Para saberem que falo sério, posso?

- Tudo bem, mas eles dirão o mesmo que eu.

- Amor! Venha aqui um pouco. Marlene chamou-o de lado.

- O que foi?

- Imagine você jogando em um destes times. Já pensou nisso?

- Não vou te deixar aqui sozinha e você não tem idade para ir comigo.

- Mas eu poderei ir lá te ver, não poderei?

- Mas não quero ir e te deixar aqui.

- Você me ama?

- Mais que a minha vida.

- Então imagine que você vá para um destes times, de certo lá e seja contratado. O valor que ganhará lá é muito mais do que ganhará aqui como aprendiz, concorda?

- Sim, mas para isso eu teria que te deixar aqui.

- Eu não irei para lugar algum, mas imagine mais, você jogando deste jeito e estando no time principal acabará mostrando para o mundo quem você é e de repente vá parar na seleção brasileira. Já pensou nisso?

- Agora você viajou, né?

- Porque?

- Eu na seleção! Imagine só isso.

- Tenta! Tem que tentar e se me ama o fará por nós dois.

- Senhor Jorge preciso te perguntar uma coisa.

- Fique à vontade raio. Sou todo ouvido.

- Qual a chance de dar certo lá?

- Você sempre joga assim ou foi só hoje?

- Eu não jogo bola, eu gosto de brincar de jogar bola, portanto é sempre deste jeito.

- Vamos falar com seus pais e ver o que eles acham da minha proposta e para que não se arrependa eu posso lhe adiantar três mil para que vá até lá comigo o que será em torno de cinco meses de seu salário aqui. Ficaria bem assim?

- Hum! Gostei da ideia. Disse Sandro o irmão mais velho.

- Vamos lá em casa então. Disse Anderson.

 

Chegaram na casa de Andersom, entraram, seus pais foram chamados, Jorge se apresentou, informou da proposta, colocou um cheque de mil reais sobre a mesa junto com mais dois mil, explicou e lhes informou os times que ele poderia escolher, disse que pagaria as diárias e alimentação dele até acertar com um time que ele escolhesse e que o aceitassem e que poderiam levar alguém maior de idade junto com ele e Sandro foi escalado para o acompanhar e tudo aconteceu com a tentativa de recusa de Anderson de ter que deixar Marlene ali, mas depois que ela retificou que seria melhor para os dois ele acabou concordando e no final da tarde depois de arrumar as coisas em uma malinha saíram em direção à capital e se despediu de Marlene segurando as lagrimas que desejavam rolar por sua face.

 

- Eu vou amor! Me espere que logo estarei de volta. Disse ele já entrando no veículo.