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Título   O candidato Gênero Drama
 
     
     
     
     
     
 

 

Título original: O candidato

Romance / Drama

edição

 

Copyright© 2024 por Paulo Fuentes®

Todos os direitos reservados

 

Este livro é uma obra de ficção.

Os personagens e os diálogos foram criados a partir da imaginação do autor.

 

Autor: Paulo Fuentes

Preparo de originais: Paulo Fuentes

Revisão: Sônia Regina Sampaio

Projeto gráfico e diagramação:

Capa: Paulo Fuentes

 

Todos os direitos reservados no Brasil:

Paulo Fuentes e El Baron Editoração Gráfica Ltda.

Impressão e acabamento:

 

 Apoio Cultural:

 
  Lançamento de livros e/ou filmes possuem custos e o autor busca PATROCINADORES para lançar suas obras tanto para edição em formato de livros de papel ou quem sabe, para a realização de filme (s)... Caso haja interesse em relação à isso favor entrar em contato. Grato.
 

 

 

Esta é uma obra de ficção romanceada...
Qualquer semelhança com fatos presente, passado ou futuro...
Pode ser mera coincidência.
(nota do autor)

 

Araras, 15 de agosto de 2027.

 

- Você está brincando, não pé Rubens?

- Não senhor! Estou falando muito sério.

- Eu candidato a prefeito?

- É!

- Mas nem morto eu quero isso na minha vida.

- Porque não?

- Porque não gosto nem de política e menos ainda de políticos.

- Não sei porque.

- Resposta simples e temos exemplo aqui. Tivemos um candidato que ganhou, tomou posse e caçaram ele. Ele apelou e voltou sob efeito de liminar e o caçaram outra vez. Se candidatou na outra eleição e ganho de novo e eu de birra votei nele, mas o caçaram de novo. Se candidatou novamente e emputecido votei nele de novo e o caçaram outra vez. Ele apelou, voltou, o caçaram mesmo no efeito de liminar e ele reapelou e voltou outra vez e conseguiu terminar o mandato.

 

- Ué e o que tem isso?

- A oposição dele odeia e ele ia se candidatar de novo e não deixaram porque alegavam que ele havia feito dois mandatos seguidos, mas se esqueceram de sequer pensar que ele foi caçado no mandato que alegam que ele ganhou, portanto, se ele foi caçado obviamente não cumpriu o mandato e vendo estas coisas absurdas é que não quero ser candidato e vou continuar fazendo o meu humilde trabalho.

- Não acho tão humilde sendo você um diretor de uma poderosa usina que tem milhares de trabalhadores diretos e mais ainda outros milhares indiretos dela.

- Ah tá e acha mesmo que eu teria o apoio de trinta mil eleitores usando de base apenas a usina?

- Vamos fazer uma conta simples. Digamos e apenas digamos que você tenha o apoio dos funcionários da usina que deve girar por baixo em torno de três mil e isso deixando um número bem abaixo do que tem lá e estes cabe lembrar que eles têm esposa, pai, mãe, tio, tia, filhos, namorado dos filhos e por aí vai. Fazendo este cálculo, por aí, se eles votassem em você teríamos pelo menos mais sete votos que multiplicados por três mil seriam em torno de vinte e um mil e se pegarmos, apenas pegarmos os que trabalham em paralelo com a usina e na mesma proporção de três mil pessoas multiplicadas por sete e somados aos que lá trabalham você passaria de quarenta mil brincando. Entendeu?

- Entendi que você é doido.

- Caramba! Você não é querido lá na usina?

- Querido é uma coisa, votos são outra coisa.

- Acha que a diretoria não te apoiaria?

- Não sei!

- Eu tentaria se fosse você.

- É! Você tentaria, mas acontece que você não sou eu e minha esposa jamais aceitaria que eu fizesse esta loucura.

- Já perguntou isso para ela?

- Claro que não!

- Porque não?

- Porque jamais pensei nesta insanidade.

- Você não perguntou, mas eu perguntei.

- Você perguntou isso para a Ligia?

- Perguntei e não apenas para ela e também para seu pai, sua mãe, seus irmãos, seu sogro e sua sogra e seus três cunhados.

- Ah! Vá te catar Rubens. Está fazendo campanha para mim por acaso?

- Estou sim e sei que é o homem perfeito para ser candidato a prefeito na cidade.

- Você é doido mesmo, mas se esquece que teria que eu teria que ser ligado a um partido para ser candidato?

- Foi a primeira coisa que vi e se quer saber, tirando o partido do prefeito o qual não será candidato à reeleição, os demais, sem tirar nem pôr disseram que seria uma honra em tê-lo como candidato do partido deles e se não, o apoiariam em uma coligação.

- Não creio que fez isso tudo!

- Fiz!

- A troco de que?

 - De uma amizade de mais de trinta anos. Isso serve de resposta para o senhor futuro prefeito doutor Rodolfo Sigonetti Rezende?

- Você só pode ser doido mesmo.

- E se sua esposa, seus pais e seus sogros disserem que o apoiam, você aceitaria esta missão?

- Duvido que eles aceitariam, mas se eles disserem que me apoiem eu aceito, mesmo porque sei que meu pai e meu sogro jamais concordariam com isso.

- Então vamos perguntar para eles.

 

A tarde terminou, Rubens nem pensou em nada a não ser pegar o seu futuro prefeito pelas mãos e leva-lo até onde estariam sua família naquele momento em um movimento estratégico de juntar os mais radicais da família para saberem a opinião deles quanto à Rodolfo se lançar candidato a prefeito da cidade em que moravam e inacreditavelmente ele chegou na casa de seus pais e lá todos reunidos o ovacionaram como se ele tivesse sido eleito prefeito da cidade.

 

- Vocês estão doidos?

- Não amor! Queremos te apoiar nesta campanha porque a cidade merece algo melhor.