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Título   O chamado Gênero Espírita
 
     
     
     
     
 

 

Título original: O chamado

Romance / Espírita

edição

 

Copyright© 2024 por Paulo Fuentes®

Todos os direitos reservados

 

Este livro é uma obra de ficção.

Os personagens e os diálogos foram criados a partir da imaginação do autor.

 

Autor: Paulo Fuentes

Preparo de originais: Paulo Fuentes

Revisão: Sônia Regina Sampaio

Projeto gráfico e diagramação:

Capa: Paulo Fuentes

 

Todos os direitos reservados no Brasil:

Paulo Fuentes e El Baron Editoração Gráfica Ltda.

Impressão e acabamento:

 

 Apoio Cultural:

 
  Lançamento de livros e/ou filmes possuem custos e o autor busca PATROCINADORES para lançar suas obras tanto para edição em formato de livros de papel ou quem sabe, para a realização de filme (s)... Caso haja interesse em relação à isso favor entrar em contato. Grato.
 

 

 

Esta é uma obra de ficção romanceada...
Qualquer semelhança com fatos presente, passado ou futuro...
Pode ser mera coincidência.
(nota do autor)

 

Dizem, mas apenas dizem, que existem lugares assombrados, ou amaldiçoados por vários motivos e que são lugares impossíveis de poder conseguir morar lá e eles, mesmo parecendo ser um paraíso, qualquer um que tente não agüenta e acaba indo embora sem levar nada. Obviamente que alguns acabam abandonando tudo, mas muito não tem a mesma sorte e acabam deixando ali inclusive a própria vida, mas claro que isso é coisa que apenas dizem.

 

 

Taiobeiras, Minas Gerais, 12 de março de 1952.

 

 

- Marido! Você está doido? O coronel vai mandar te matar.

- Matar porque mulher? Apenas porque não quero vender nossas terras para ele?

- Acha pouco?

- Não sei porque ele quer nossas terras, mas eram de meu pai que as tem desde que aqui ainda era Bom Jardim e a única explicação que poderia supor que ele quer aqui é por causa do rio e da água.

- Mas acha que vale a pena morrer por isso?

- Não acho que vale a pena vocês morrerem por isso, mas se vender iremos para onde?

- Poderíamos ir para Salinas por exemplo.

- E fazer o que lá?

- O mesmo que aqui. Cuidarmos de nossas terrinhas e viver em paz.

- Mas se o que ele pagasse desse para comprar alguma coisa igual temos aqui lá eu por vocês o faria, mas ele não quer comprar e sim tomar nossas terras de nós e acabará fazendo isso por bem ou por mau.

- Você vai insistir em sua birra com ele?

- Maria! Você tem que entender que não temos nada, mas o nada que temos está aqui em nossa terrinha que nos fornece alimento, pesca e até caça selvagem. Aqui ainda temos alguma coisa, mas lá em Salinas nem isso teremos.

- Mas teremos nossas vidas ainda. Isso não basta para você?

- A vida de vocês vale tudo e muito mais para mim, mas por vocês irei tentar falar com o coronel e ver se ele paga um valor justo ou nos daria alguma terrinha em outro lugar, mas vou fazer isso apenas por causa de você e dos meninos.

- Promete que fará isso mesmo? Perguntou Maria esperançosa.

- Prometo!

 

Maria tranqüilizou um pouco, pois seu marido era teimoso e birrento, mas era um homem do bem, do tipo que ajudava a todos sem querer nada em troca. Era um homem de verdade e acima de tudo de palavra e sabia bem o sacrifício que ele faria para ir falar com o coronel Rosalvo e conversar justamente daquele assunto desagradável, mas enfim, a promessa dele era uma cosia que ela sabia que ele cumpriria. Agora se o coronel iria aceitar já era outra conversa e a ela como cristã devota só restava rezar e rezar muito e começou no mesmo instante a rezar e fazer suas novenas.

 

Por outro lado, José parou diante da varada de sua humilde casinha ficou olhando para as suas terrinhas que lhe foram deixadas por seu falecido pai e olhando lá para abaixo via aquele belo rio que fazia a divisa das terras.

 

- Ah meu Deus! Me dê a chance de poder negociar e fazer o coronel aceitar a proposta eu farei por causa de Maria e de meus dois filhos, porque por mim eu jamais sairia daqui, pois para mim estas terras, mesmo sendo pouca coisa é o meu tesouro e ninguém deveria ter interesse nele. Clamou José olhando para o céu.

 

Era cedo ainda e resolveu descer a encosta e depois caminhar até ode o coronel havia construído uma ponte e lá atravessando-a ir até a bela casa da família Junqueira e ver o que conseguiria com ele sendo que por sua cabeça passou que se o coronel Rosalvo Junqueira aumentasse o valor ou mesmo lhe desse alguma coisa para que ele mantivesse sua família aceitaria na hora e iria embora dali mesmo com dor no peito apenas pela vida de seus familiares.