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Título   O executivo   Gênero Drama
 
     
     
     
     
 

 

Título original: O executivo

Romance / Drama

edição

 

Copyright© 2024 por Paulo Fuentes®

Todos os direitos reservados

 

Este livro é uma obra de ficção.

Os personagens e os diálogos foram criados a partir da imaginação do autor.

 

Autor: Paulo Fuentes

Preparo de originais: Paulo Fuentes

Revisão: Sônia Regina Sampaio

Projeto gráfico e diagramação:

Capa: Paulo Fuentes

 

Todos os direitos reservados no Brasil:

Paulo Fuentes e El Baron Editoração Gráfica Ltda.

Impressão e acabamento:

 

 Apoio Cultural:

 
  Lançamento de livros e/ou filmes possuem custos e o autor busca PATROCINADORES para lançar suas obras tanto para edição em formato de livros de papel ou quem sabe, para a realização de filme (s)... Caso haja interesse em relação à isso favor entrar em contato. Grato.
 

 

 

Esta é uma obra de ficção romanceada...
Qualquer semelhança com fatos presente, passado ou futuro...
Pode ser mera coincidência.
(nota do autor)

 

Victor Giusepp Spinella era jovem ainda. Na verdade muito jovem pelo patrimônio que herdara de seus pais e cuja fortuna viera de seus bisavôs que nunca souberam explicado de onde tiraram tanta riqueza e poder desde a pelo menos dois séculos atrás, no velho continente.

 

Muitos diziam que era do comércio com o ocidente, outros com o oriente, outros que alegavam ser produto conseguido ainda na época da pirataria dos mares e outros, estes de geração mais recente citavam até que só poderia ser originário de drogas, mas não importava o que ou de onde aquele patrimônio viera, pois Victor era o único e legitimo herdeiro de todo patrimônio de uma família que se resumia a ele mesmo.

 

Não se preocupava que falassem do que ele tinha, mas até ele gostaria de saber a origem, mas como não queria quem sabe se decepcionar jamais fora atrás e por mais que tentasse gastar parecia que o patrimônio só aumentava com seus gastos e diziam até que se ele comprasse um iceberg e levasse e colocasse no meio do deserto ele ganharia muito mais dinheiro ainda. Era admirado por muitos e cobiçados por milhares de mulheres, mas jamais se atreveu e sequer procurar por uma, pois sabia que se ela se aproximasse dele seria por mero interesse em se dar bem na vida e depois de uma pequena decepção descoberta a tempo parou a não confiar em quase mais ninguém. Enfim, era um jovem de bem com a vida, era forte, alto e saudável.

 

Respeitava, admirava e confiava em apenas quatro pessoas. A senhora Marilda que cuidava de si desde que ele era ainda uma criança, Bruno o inquestionável segurança e que também era o motorista e Wallasse o mordomo da família que cuidava de si também acreditava até que o seu próprio pai que não tinha tempo para nada a não ser cuidar do patrimônio.

 

Seus pais, por outro lado, deixaram este mundo a alguns anos e foram dados pelos legistas e a justiça como morte natural, mas tinha certeza que eles haviam sido assassinados, porém, por mais que colocasse investigadores e detetives do país e do mundo para desvendar aquelas duas mortes ocorridas ao mesmo tempo o que levaria obviamente ao assassinato estes bateram cabeça e nada conseguiram descobrir.

 

Por fim tinha como última pessoa de sua confiança Bernardo que era mais que um amigo, era praticamente seu irmão e que era sobrinho de Marilda e filho de uma irmã desta que tinha falecido em um acidente e era justamente Bernardo que o ajudava a cuidar daquele império que tinha em seu poder.

 

- Victor meu amigo e irmão! Você deveria procurar uma moça, namorar e se casar para depois ter filhos para poder curtir em família.

- Nossa! Quanta coisas juntas. Não aguento isso não. Respondeu sorrindo.

- Eu estou falando sério! Tem que viver um pouco mais fora desta muralha que é a sua vida.

- Viver fora da muralha eu vivo, mas encontrar alguém que me ame de verdade e não ao patrimônio já é outra coisa.

- Caramba! Você é um rapaz bonito e se eu fosse mulher diria que te amo de outra forma, mesmo porque sabe que tenho um amor de irmão para com você.

- Obrigado, mas me sinto bem sozinho.

- Porque não faz uma coisa. Saia da casca, se vista com simplicidade e vá para algum lugar que tenha certeza de que ninguém te reconheceria.

- Boa ideia! Sabe onde tem alguma caverna de urso, sem o urso la dentro é claro e qual também não tenha TV?

- Estou falando sério!

- Eu também! Estou bem por aqui.

 

- Se quiser te ajudo a escolher um lugar bem, tipo assim, das cavernas.

- E existe isso ainda no mundo?

- Claro que existe.

- Onde?

- Não sei, mas posso te ajudar a achar ele.

- No Brasil, será que tem algum lugar assim onde as pessoas vivam como se fossem das cavernas?

- Poderia ser em uma aldeia indígena, que tal?

- Não! Lá também tem celular e tem TV de monte.

- Achei uma aqui que não tem TV e nem celular.

- Onde isso?

- Marabá da Siraiba.

- Onde fica isso?

- Lá no estado do Acre.

- Como achou isso?

- Na internet. Respondeu Bernardo sorrindo.

- Não tem nem TV e nem celular?

- Não e também não tem automóveis, motocicletas e é a cidade mais pobre do país.

- Caramba! Acho isso na internet?

- É! Veja aqui.

- Realmente não tem nada, mas o que deve ter muito lá são coronéis e jagunços.

- Tem medo de coronéis?

- Nem um pouco.

- E de jagunços?

- Cara a cara?

- É!

- Se for cara a cara não tenho não, a não ser que seja de tocaia.

- É só não provocar.

- E o que eu iria fazer lá, chegar como lá, para fazer o que?

- Nisso posso te ajudar. Você não é médico formado?

- Sou, mas meu pai nunca deixou eu exercer a profissão.

- Vamos fazer uma coisa. Vamos criar uma fundação e enquanto isso você desaparece de cena e deixa a barba crescer. Aí arrumaremos um grupo de médicos, dentistas e assistentes para fazer serviço humanitário e você irá infiltrado entre eles e lá montam uma base e veja o que poderá acontecer.

- Não deixa de ser uma boa ideia, mas será que não irão me reconhecer?

- Barbado e dentro de uma fundação humanitária, nem eu diria que você era você. Porque não tenta?

- Todo este sacrifício para ter uma namorada que poderá virar esposa e ter filhos?

- É!

- Eca! Melhor ficar sozinho mesmo. Respondeu Victor sorrindo.

- E onde anda o seu espírito de aventura?

- Guardei na mala.

- Caramba! Você é o melhor espadachim do país, o melhor atirador, o melhor lutador, o melhor em tudo que se dispôs a fazer e não quer curtir uma aventura.

- Só você acha que sou o melhor em tudo isso.

- Para de ser modesto porque você sabe que é e se fosse no velho oeste eu diria que nem o Bile The Kid te encararia em um duelo.

- Agora você exagerou demais.

- Estou errado?

- Prefiro nem falar nada, mas vou aceitar este seu desafio.

- Só tem uma coisa.

- O que?

- Quero ser padrinho do casamento.

- Só isso?

- Já fico feliz com isso!

- Vamos dizer que eu encontre a minha donzela e tudo dê certo e o bebê for menino dedicarei seu nome a ele, fica melhor?

- Nossa! Assim eu enfarto aqui.

- Deixa de ser bobo e vamos cuidar das suas idéias malucas.

 

Juntos Victor e Bernardo cuidaram da constituição da fundação que deram o nome de “Saúde para todos” e para não chamar a atenção colocaram na presidência o nome de Wallace e três meses depois tudo estava documentado e arrumado. A matriz dela foi idealizada para ser em Santana de Parnaíba e a equipe foi formada e era composta por 4 médicas, três médicos, três dentistas, duas enfermeiras e um faz tudo para cuidar da montagem e desmontagem das coisas no local e obviamente ele.

 

Para chegar em Marabá da Siraiba teriam que pegar um avião convencional, depois um avião menor, helicópteros e finalmente uma barcaça, pois para chegarem lá somente desta forma, mas os humanitaristas não desistiram e levaram doze dias para chegar lá sendo dez em uma barcaça que lembrava bem aquelas das novelas da televisão.

 

Saíram e finalmente chegaram ao seu destino e quando a velha barcaça encostou no caís carcomido pareceu-lhes que todo o povoado estava ali do lado do Igarapé esperando-os, sem obviamente que aqueles jovens fossem lá para cuidar da saúde da maioria dos que ali estavam.

 

Desembarcaram e Victor sentiu como se estivesse chegando no meio da floresta africana e só faltariam os índios canibais para lhes recepcionar. Agora era descer, cuidar daquele povo e quem sabe encontrar a sua donzela sem ter que enfrentar um dragão soltando fogo pelas ventas.