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Título   O homem das trevas Gênero Suspense
 
     
     
     
     
     
 

 

Título original: O homem das trevas

Romance / Suspense

edição

 

Copyright© 2024 por Paulo Fuentes®

Todos os direitos reservados

 

Este livro é uma obra de ficção.

Os personagens e os diálogos foram criados a partir da imaginação do autor.

 

Autor: Paulo Fuentes

Preparo de originais: Paulo Fuentes

Revisão: Sônia Regina Sampaio

Projeto gráfico e diagramação:

Capa: Paulo Fuentes

 

Todos os direitos reservados no Brasil:

Paulo Fuentes e El Baron Editoração Gráfica Ltda.

Impressão e acabamento:

 

 Apoio Cultural:

 
  Lançamento de livros e/ou filmes possuem custos e o autor busca PATROCINADORES para lançar suas obras tanto para edição em formato de livros de papel ou quem sabe, para a realização de filme (s)... Caso haja interesse em relação à isso favor entrar em contato. Grato.
 

 

 

Esta é uma obra de ficção romanceada...
Qualquer semelhança com fatos presentes, passados ou futuro...
Pode não ser ser mera coincidência.
(nota do autor)

 

Al Khobar, Arábia Saudita, 25 de fevereiro de 1991.
09:17 AM.

 


 

Coronel! É verdade o que estão falando sobre irmos para casa?

Sim O´Connor! Acredito que mais alguns dias estaremos preparando nossas coisas para voltarmos para casa.

Volta conosco para os EUA senhor?

Não! Vou voltar para casa lá no Brasil.

Vai pedir baixa?

Já tinha pedido e agora com a provável rendição de Saddan minha missão aqui com vocês chegará ao fim.

Pelo que eu saiba no seu país não tem guerras. Vai fazer o que lá?

Pescar, cuidar da minha filha que a anos não a vejo e literalmente levar uma vida de aposentado.

Não sabia que tinha uma filha coronel.

Tenho sim! O nome dela é Melissa.

Não sabia mesmo disso. Ela tem quantos anos?

Completará dezoito anos daqui a dois meses.

Interessante! Aceita um genro? Perguntou o capitão Oliver O´Connor.

Até aceitaria, mas não um maluco igual a você capitão. Respondeu o coronel Augusto sorrindo.

Poxa! Magoei. Disse Oliver também sorrindo.

Faz anos que não a vejo, mas agora chega e espero que ela me perdoe pela ausência.

O senhor é um bom homem coronel e merece ser feliz. Quanto a ela, se não te perdoar é porque não merece se casar comigo.

Deixa de ser besta capitão. Disse Augusto sorrindo novamente.


 

Augusto Dutra, mais conhecido por seus homens e por seus superiores era um homem ímpar. Era um soldado das forças armadas brasileiras e atendeu a um pedido do governo norte americano para incorporar as forças que iriam defender o Kuwait da invasão que Saddan Hussein em nome do Iraque fizera por lá.


 

Era ainda, na ocasião da sua convocação major e alcançou suas duas promoções por méritos e bravura em combates. Era um soldado que já participara em duas ocasiões em conflitos e ganhou a admiração de comandantes norte-americanos por conta disso e em uma destas idas e vindas reencontrou Marcela uma namoradinha de adolescência e o amor fluiu novamente. Com isso se uniram em matrimônio e antes dele partir para uma missão internacional Marcela acabou engravidando e ele estava em missão no Haiti quando a pequena Melissa veio ao mundo.


 

Terminou a sua fase da missão, voltou e ela já estava caminhando e passou momentos felizes ao lado de sua família composta dela, de sua amada esposa e de seus sogros em São José do Rio Preto onde ela era médica infectologista. Fizeram um pacto de que ele iria para mais duas missões e iria se aposentar. Voltaria para casa e no pacto ela deveria sair também desta área da medicina tão perigosa quanto a guerra em que vivia. Ele podendo tomar um tiro e morrer em combate e ela correndo o risco de contrair algum vírus que lhe tiraria a vida.


 

A ideia deles era de ir para algum lugar seguro, semiabandonado e haviam escolhido irem para Tabapuã, mais precisamente para Japurá um pequeno distrito onde fora praticamente abandonada a anos por causa de epidemias e onde seu pai havia adquirido terras que se encontravam também em estado de abandono e este foi o acordo.


 

O tempo passou e as duas missões acabaram virando três e estava na quarta que considerava como sendo a última e ele resistira às balas, mas sua amada esposa não resistiu a um vírus que contraiu em seu trabalho e ela acabou morrendo antes dele voltar e com isso ele se tornou ainda mais intenso em suas batalhas até chegar ao posto de coronel e ali estava ele naquele momento em voltar para casa de qualquer forma para viver com sua família ou do que restara dela.


 

Estava feliz em voltar para casa, pois o seu contrato venceria assim que o cessar fogo fosse decretado e enfim ele estaria livre e sentia falta das notícias de casa, mas isso logo ele tiraria a limpo, pois sua filha e sogros haviam parado de lhe escrever a mais de oito meses.


 

Fazia planos de família e de felicidade quando um míssil Scud atingiu em cheio onde ele estava aquartelado junto das tropas americanas aquarteladas e neste ataque vinte e oito 28 soldados acabaram morrendo e outros noventa e oito foram feridos e dentre estes um deles era justamente ele.


 

Foi socorrido e passou onze meses em tratamento nos Estados Unidos e se curou, mas uma fatalidade acabou afetando-o de vez. O bravo coronel Augusto Dutra acabou perdendo a visão e a cegueira a partir daquele momento começou a fazer parte de sua vida e quando quinze meses depois recebeu alta, uma honrosa homenagem e uma vultuosa quantia pelos serviços prestados voltou para sua terra natal e se dirigiu para onde morava sua pequena mais feliz família e isso era o que ele pensava e esperava encontrar.