Título original: O iluminado

Romance / Drama

1ª edição

Copyright© 2024 por Paulo Fuentes®

Todos os direitos reservados

Este livro é uma obra de ficção.

Os personagens e os diálogos foram criados a partir da imaginação do autor.

Autor: Paulo Fuentes

Preparo de originais: Paulo Fuentes

Revisão: Sônia Regina Sampaio

Projeto gráfico e diagramação:

Capa: Paulo Fuentes

Todos os direitos reservados no Brasil:

Paulo Fuentes e El Baron Editoração Gráfica Ltda.

Impressão e acabamento:

 Apoio Cultural:

Esta é uma obra de ficção romanceada...
Qualquer semelhança com fatos presentes, passados ou futuro...
Pode ou não ser mera coincidência.
(nota do autor)

Arnaldo estava em um daqueles dias em que preferia ter ficado em casa na cama do que ter saído para a rua. Começou o dia perdendo hora e estando atrasado se trocou rapidamente e foi correndo para o ponto pegar o ônibus, mas não deu tempo e o pior foi que viu ele indo embora e dali até o próximo seriam pelo menos mais quarenta minutos de espera.

Esperou e trinta e sete minutos depois apareceu o próximo e se contasse com a sorte chegaria atrasado apenas meia hora, mas também não deu certo, pois mal avançaram três quilômetros um acidente travou a avenida e tudo parou. Com isso chegou na empresa quase duas horas depois de seu horário de trabalho e foi diretamente para o departamento pessoal onde pela primeira vez em sua vida tomou uma advertência por escrito e o aviso de que novo atraso provocaria a sua demissão.

Estava errado, mas nem por isso gostou daquela advertência depois de ter explicado tudo o que ocorrera e ninguém ligou para o fato de que ele estava trabalhando ali a pouco mais de vinte anos sem nunca ter chegado atrasado e ademais sempre que lhe pediam ficava até mais tarde sem receber nada a mais por isso.

Era um profissional e mesmo chateado trabalhou o seu tempo de atraso bem como compensou em mais uma hora e meia além do tempo perdido e ao sair seu superior mesmo vendo que ele havia cumprido os seus afazeres sequer lhe disse boa noite.

Saiu para a rua e uma fina garoa acabou engrossando e o ponto onde pegaria o ônibus de volta para casa não tinha cobertura e nem ele tinha consigo um guarda-chuva e teve que ficar ali parado à espera do coletivo. Da empresa que ficava do outro lado da rua seu superior tomando uma caneca com café via o sofrimento dele, mas nada fez para ampará-lo.

De repente, como se não bastasse tudo o que já tinha lhe acontecido naquele dia ouviu uma descarga elétrica a poucos metros de onde estava e viu que fora causada por um raio que caiu violentamente sobre um pinheiro partindo-o ao meio.

Se assustou, mas pensou consigo mesmo que não cairiam nunca dois ao mesmo tempo e próximos um do outro e ali, ensopado descobriu tardiamente que sim, dois raios podem cair um perto de onde o anterior caiu, porém, o segundo caiu exatamente sobre ele e a descarga foi intensa o suficiente para matar qualquer um e ele foi ao chão tremendo pela corrente que lhe percorria o corpo.

Da janela seu superior viu o corrido e desceu correndo as escadas chamando outros funcionários para que o acompanhassem, pois vira o que ocorrera e tinha certeza de que Arnaldo havia partido para o além.

- Pobre diabo! Me dava trabalho, mas foi uma fatalidade. Disse ele do nada.

- Chefe! O Arnaldo não morreu. Está apenas desacordado.

- Como não morreu? Ele recebeu uma rajada forte de um raio em cima de si. Eu mesmo vi isso.

- É, pode ter recebido, mas ele não morreu.

Rapidamente chamaram pelo socorro e depois de um bom tempo a ambulância chegou e o levaram para o hospital e lá constataram que de fato ele sofrera o impacto da descarga elétrica proporcionada pelo raio, mas estava vivo e poderia quem sabe, sofrer seqüelas.